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:: ‘Política’

Manga e café da Bahia não escapam da taxação de Trump; veja o que não será taxado

A taxação de 50% sobre produtos brasileiros imposta por Donald Trump inclui a manga, um dos principais produtos exportados da Bahia. O café e a carne, que também têm grande produção local, também está taxado. Uma lista de exceções foi divulgada pela Casa Branca, no início da tarde desta quarta-feira (30).

Destacam-se entre os produtos não taxados a polpa e sucos de laranja, além da castanha-do-pará. Washington também não taxou o carvão, minerais e diversos combustíveis e óleos lubrificantes. A energia elétrica também foi não taxada, além da madeira e celulose. Aviões e uma série de produtos plásticos, ainda, continuarão exportando normalmente.

Ferro e aço também escaparam da taxação mais pesada, assim como diversas peças de automóveis e motores. Apesar de não serem taxados agora, esses produtos continuam com a taxa de 10% imposta no início do ano.Com a medida, , a Bahia pode perder até 50 toneladas de manga produzidas no Vale do São Francisco. Os produtores afirmam que não há como redirecionar essa carga, uma vez que o Brasil só exporta 20% do que produz.

Em Feira de Santana, Jerônimo anuncia novas iniciativas estaduais de combate à fome durante seminário sobre segurança alimentar

Editais preveem mais de R$ 66 milhões em investimentos, incluindo apoio a cozinhas comunitárias e projetos de inovação em educação alimentar

A Bahia deu mais um passo importante na luta contra a fome ao realizar, nesta quarta-feira (30), em Feira de Santana, o 1º Seminário Estadual do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). Com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, o Governo do Estado anunciou investimentos em programas e editais para fortalecer a produção local de alimentos e apoiar quem mais precisa. O evento reuniu representantes de mais de cem municípios, universidades, conselhos e órgãos dos governos estadual e federal.

Entre as iniciativas, está o Programa Estadual de Agricultura Urbana e Periurbana, que será enviado à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), e incentiva hortas em bairros e periferias, valorizando quem já cultiva e alimenta suas comunidades. Também foram lançados editais com mais de R$ 66 milhões em investimentos, incluindo apoio a cozinhas comunitárias e projetos de inovação em educação alimentar. Além disso, o governador autorizou o lançamento do 3º Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (PLANSAN), que define metas e diretrizes para o combate à fome na Bahia nos próximos anos.

“Na Bahia, conseguimos tirar cerca de um milhão de pessoas da situação de insegurança alimentar. Essa conquista é fruto de um esforço coletivo, que envolve universidades, movimentos sociais, prefeitos, deputados e o governo do Estado. Não se trata de um trabalho isolado, mas de uma grande mobilização em que diversas mãos se unem para garantir o direito humano à alimentação digna e saudável para toda a população, especialmente para quem vive nas comunidades mais vulneráveis”, afirmou o governador Jerônimo Rodrigues.

Hortas, cozinhas comunitárias e ciência

Um dos destaques do evento foi o lançamento do programa Hortas Comunitárias da Bahia, que vai beneficiar cem municípios com adesão ao SISAN. Cada cidade recebeu um kit com sistema de irrigação, caixa d’água de 10 mil litros, EPIs, ferramentas e sementes. O investimento total é de R$ 7 milhões. Já o edital “Comida no Prato”, promovido pela CGCFOME e pela Casa Civil, vai apoiar a estruturação de cozinhas comunitárias em cem municípios, com investimento de R$ 60 milhões. Cada unidade poderá servir até 200 refeições por dia, durante um ano, alcançando mais de 41 mil pessoas diariamente.

Outra iniciativa apresentada no seminário foi o “Ciência na Mesa Nutricional”, fruto de parceria entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). O objetivo é apoiar projetos que aproximem a ciência do dia a dia das pessoas, com foco em alimentação saudável e sustentável. Os projetos devem usar linguagens acessíveis como vídeos, podcasts, jogos, cordéis e oficinas, facilitando a compreensão de temas como agroecologia, justiça alimentar e segurança nutricional. O coordenador do programa, Handerson Leite, explicou que a ideia é “mobilizar pesquisadores e instituições para pensar soluções práticas para o cotidiano alimentar das comunidades vulneráveis”.

Brasil fora do Mapa da Fome

As ações do Governo da Bahia se somam aos programas federais, como o Bolsa Família e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), ampliados e reestruturados desde 2023. Esse esforço conjunto foi fundamental para que o Brasil saísse novamente do Mapa da Fome, segundo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), na última segunda-feira (28). De acordo com a FAO, agência da ONU que atua no combate à fome e na promoção da segurança alimentar, menos de 2,5% da população brasileira está em risco de subalimentação, o que retira o país da lista de nações com insegurança alimentar grave.

O coordenador geral do programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, destacou a importância do trabalho conjunto. “A articulação intersetorial é a única saída para garantir alimentação digna para quem mais precisa. Com o PLANSAN, pactuamos metas concretas e construímos uma nova base de proteção social”, afirmou. O seminário segue até esta quinta-feira (31), com oficinas, rodas de conversa e a construção dos planos municipais de segurança alimentar em parceria com os gestores locais.

Em entrevista no Recôncavo, Jerônimo reforça que não troca obras por apoio político

Durante passagem pelo município de Muniz Ferreira, no Recôncavo baiano, o governador da Bahia Jerônimo Rodrigues (PT) garantiu que não troca obras e investimentos por apoio político para 2026. O gestor usou o exemplo do município de Cruz das Almas, que também fica no Recôncavo, para reafirmar o trabalho em toda a Bahia sem olhar para filiação partidária. A declaração foi dada durante entrevista à rádio Muniz Ferreira, concedida nesta terça-feira (29).

“Em Cruz eu apoiei Orlandinho, mas o povo quis Ednaldo. Por isso vou virar as costas para Cruz das Almas? De jeito nenhum! Sentamos com Ednaldo, estamos planejando os investimentos na cidade e nunca condicionamos que para fazer estrada ou escola, iríamos exigir o voto. Estamos construindo confiança, não comprando apoios”, garantiu Jerônimo.

Para o governador, esse novo jeito de fazer política busca romper com práticas antigas marcadas por exigências, disputas e ressentimentos. “Se adotarmos a política do passado, quem perde é a população. Respeitamos a oposição e quem perdeu a eleição, mas vamos seguir trabalhando”, defendeu. Jerônimo também mandou um recado a quem tenta espalhar inverdades e desqualificar o governo: “Somos humildes, mas não tolos. Nosso grupo tem três ex-governadores, Wagner, Otto e Rui Costa, estamos unidos pela Bahia e pelos baianos”, afirmou.

Carla Zambelli é presa na Itália

A CNN informou que a defesa da parlamentar afirmou que ela decidiu se apresentar voluntariamente. Ela deve alegar que está doente e pedir para não ser deportada.  A deputada brasileira está na lista da difusão vermelha da Interpol após pedido do ministro Alexandre de Moraes.

Em vídeos recentes nas redes sociais, a bolsonarista se autodeclarou como uma “exilada política”. Ela havia sido condenada no caso da invasão hacker ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Eu queria dizer que hoje acordei com uma notícia muito boa, que é um vídeo do Flávio Bolsonaro falando por mim, pedindo por mim para a [primeira-ministra da Itália] Giorgia Meloni, para o Matteo Salvini, que é o vice-primeiro-ministro daqui, pedindo para que me recebessem porque sou uma exilada política, sou uma perseguida política no Brasil”, disse.

Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado pregam luta contra “inimigo em comum” e veem direita unida em 2026

Os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), participaram de um evento, neste sábado (26), onde reafirmaram a confiança na força da direita nas eleições de 2026. Segundo eles, os conservadores estarão unidos contra o governo Lula (PT).

“Sem dúvida, a união faz a força. A gente tem consciência exata do momento crítico que o país está vivendo. O país está se distanciando de suas vocações”, disse Tarcísio.

Os políticos, cotados para disputar a presidência da república, participaram de um painel da Expert XP intitulado “O Brasil que se constrói nos estados”, onde pregaram a união da direita. O governador paulistano ainda disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai ficar de fora do debate político, mesmo estando inelegível. “A boa notícia é que nós temos um grupo que sabe exatamente o caminho para colocar o Brasil no eixo do crescimento. A outra boa notícia é que o projeto nacional está acima de todas as vaidades. Eu prego, sim, a união, seja no momento em que for. E tem gente boa para isso”, completou o governador paulista.

De Freitas reafirmou que não haverá um racha na direita brasileira e que o ex-presidente Jair Bolsonaro vai participar do processo eleitoral. “Se engana quem pensa que uma liderança como Jair Bolsonaro vai ficar fora desse processo, seja na condição que for”.

Caiado, ao complementar a fala do paulista, declarou que é estratégico a direita apresentar mais de um nome para o primeiro turno. Então, aquele que passar para o segundo será foco da união conservadora.

“Quando você solta um único candidato no primeiro turno, você dá para a máquina do PT uma capacidade destrutiva que vocês não imaginam. Eles têm de destruir um único candidato. Quando nós somos três candidatos, eles não têm como nos atingir a todo”.

“O Brasil não é do PT. O Brasil é do brasileiros. O País tá sendo jogado na mão de um homem que não tem mais o menor preparo para governar o país. Ele é um presidente marqueiero que quer fazer campanha para 2026”, completou Caiado.

Ex-prefeita de Eunápolis tem contas rejeitadas e fica inelegível por 8 anos

A Câmara Municipal de Eunápolis votou, na última quarta-feira (18), a rejeição das contas da ex-prefeita Cordélia Torres, referentes ao exercício financeiro de sua gestão. A decisão — tomada por 13 votos contrários, três favoráveis e uma abstenção — contraria o parecer técnico emitido pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que havia recomendado a aprovação.

A votação foi secreta, mas não sem debate.  durante a sessão, vereadores usaram a tribuna para justificar seus posicionamentos. A maioria apontou que os erros identificados pelo TCM não foram devidamente corrigidos ou esclarecidos pela ex-gestora. Entre as falhas destacadas, estão irregularidades na aplicação de recursos públicos, falta de transparência em processos administrativos e descumprimento de metas fiscais.

Com a rejeição das contas, Cordélia Torres, que governou o município com forte discurso de renovação política, entra na lista de inelegíveis pela Lei da Ficha Limpa até 2033 — um golpe significativo caso planeje voltar à disputa eleitoral nos próximos anos.

“Nos bastidores, a avaliação é de que a ex-prefeita colhe agora o desgaste acumulado ao longo de sua gestão e a perda de apoio político, inclusive entre antigos aliados. A decisão da Câmara pode ter enterrado, ao menos por ora, qualquer plano de retorno à cena eleitoral da ex-chefe do Executivo municipal”,

Jornal britânico diz que Trump fortalece Lula ao tentar salvar Bolsonaro; entenda

O jornal Financial Times, um dos principais do Reino Unido, publicou nesta terça-feira (22) um artigo intitulado “Trump, Imperador do Brasil”. Escrito pelo editor e colunista do veículo, o jornalista Edward Luce, o texto critica Donald Trump pelas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos e a tentativa de interferir no processo contra Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal (STF).

No artigo, Luce avalia que as sanções impostas por Trump ao Brasil podem ter um efeito contrário ao que é esperado pelo presidente dos EUA, prejudicando Bolsonaro, seu aliado, e fortalecendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Poucas coisas unem os eleitores em torno da bandeira nacional mais rápido do que um ataque de uma superpotência à sua economia”, afirmou o editor do jornal britânico.O jornalista também criticou Trump pelo uso de tarifas como instrumento de pressão no processo de Bolsonaro e repreendeu a revogação de vistos de oito dos 11 ministros do STF, anunciada pelo Secretário de Estado do país, Marco Rubio, na sexta-feira (18).

“A atitude de Rubio é daquelas que nos fazem dizer ‘Macacos me mordam!’. O ex-senador construiu sua reputação defendendo os valores democráticos dos Estados Unidos e o Estado de Direito. Agora, ele está punindo o sistema jurídico de uma democracia irmã por aplicar a lei”, disse Luce

O jornalista ainda fez um paralelo entre Trump e o ex-presidente brasileiro. “A diferença é que Bolsonaro está sendo responsabilizado”, afirmou Luce. “Se hoje existe algum farol de democracia liberal no hemisfério de (Marco) Rubio, ele vem de Brasília e Ottawa. Por ora, Washington está fora.”

Otto Alencar revela motivo para não torcer por prisão de Bolsonaro

 

O senador Otto Alencar (PSD) surpreendeu ao afirmar que não torce pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O cacique baiano, que faz parte da base de apoio do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e do presidente Lula (PT), revelou o que pensa sobre o assunto.

“Jamais faria isso [festejar a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro]. Eu não desejava, como falei antes, eu torço para que ele não tenha uma prisão. Será o quarto presidente da República [a ser preso]. A imagem do Brasil fica muito ruim lá fora”, ressaltou, em entrevista para a Rádio Sociedade nesta segunda-feira (21).

Otto afirmou ainda que fez “oposição responsável” nos quatro anos de Governo Bolsonaro. “Eu me dei muito bem com Paulo Guedes. Meu problema no governo Bolsonaro foi por causa da saúde. Ele negou a saúde, negou a ciência”, finalizou Otto.Bolsonaro foi alvo de uma operação de busca e apreensão na última sexta-feira (19), após um mandado do ministro Alexandre de Moraes. Ele também é alvo de medidas cautelares e agora precisa usar tornozeleira eletrônica, sendo impedido de sair de casa durante a noite e aparecer nas redes sociais.

ROMPIMENTO COM BARULHO Pancadinha e ACM Neto trocam farpas públicas

Criticado recentemente por ACM Neto, o deputado estadual Pancadinha (Solidariedade) quebrou o silêncio e esclareceu os motivos de sua saída da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia. A declaração foi dada nesta quinta-feira (17), durante uma agenda do governador Jerônimo Rodrigues (PT) em Juazeiro, onde o parlamentar esteve presente.

Em resposta direta ao ex-prefeito de Salvador, que o acusou de não ter feito contato para comunicar sua mudança de posição política, Pancadinha disse ter sido surpreendido com a repercussão e as acusações. “Eu sempre ligo. Ligo pra todos, agradeço a todos. Onde passei, deixei minhas portas abertas. Se ele falou isso, aí é com ele”, afirmou, sugerindo que sua postura tem sido de diálogo e respeito.

Mais incisivo, Pancadinha também reagiu às críticas vindas de aliados de Neto em Itabuna, que o teriam chamado de “traidor”. Ele minimizou a acusação e disse nunca ter sido confrontado pessoalmente com esse tipo de rótulo. “Primeiramente, minha resposta é ao povo da Bahia. Pessoalmente, ninguém nunca me chamou de traidor. Eu vi uma pessoa dizer isso, mas o que ouço mesmo é o reconhecimento do meu trabalho”, rebateu.

O deputado ainda fez questão de reforçar sua trajetória de atuação popular, afirmando que continua fiel às suas origens e ao compromisso com as comunidades. “O Pancada é trabalhador. É o homem que pega brita, areia, ajuda o povo nos projetos sociais. Foi assim que me elegi vereador, é assim que sigo como deputado estadual, e é assim que vou continuar minha missão”, concluiu.

Otto Alencar admite possível rompimento com Jerônimo caso PSD fique fora da chapa ao Senado em 2026: ‘problema nenhum’

O senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou, nesta quinta-feira (29) que não vê impedimentos em romper com o grupo político do governador Jerônimo Rodrigues (PT), caso o PSD fique de fora da composição majoritária para o Senado nas eleições de 2026. Durante entrevista ao PodZé, Otto reafirmou apoio à reeleição do senador Angelo Coronel (PSD), apontando o direito garantido pela legislação como argumento central.

“Quem tem direito à reeleição deve ir para a reeleição. Tanto Jerônimo, como Geraldo, como Wagner, como Coronel. É direito legítimo dado pela legislação”, cravou.

Apesar do posicionamento, Otto enfatizou que o assunto será discutido “lá na frente”. “E esperar que se ache uma saída, uma solução. […] Eu garanto que, da minha parte, vai ser [de] sempre encontrar uma saída”, disse.

Possível rompimento com Jerônimo não é descartado

Otto afirmou que, até o momento, não houve sinalização clara por parte da cúpula petista sobre a exclusão do PSD da futura chapa. No entanto, ressaltou que, caso haja uma manifestação explícita do governador sobre a saída do partido, a ruptura acontecerá.

Em nenhum momento, Wagner, Rui, ou, inclusive, o próprio governador Jerônimo, deu um ‘xeque-mate’ que o PSD está fora da chapa. Até porque, se dissesse isso textualmente e me ligasse dizendo ‘vocês não vão participar’, nós sairíamos agora mesmo. Não tem problema nenhum. Mas isso quem decide é o governador”, pontuou.

As declarações de Otto ocorrem em meio às movimentações dentro da base aliada sobre a formação da chapa majoritária para 2026. Nesta semana, o senador Angelo Coronel negou qualquer desentendimento com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e com o senador Jaques Wagner (PT), após ambos confirmarem suas pré-candidaturas ao Senado.

Pressão de aliados para rompimento com PT

Durante a entrevista, o presidente estadual do PSD também revelou que tem sido pressionado por correligionários para tomar uma decisão imediata sobre a permanência na base governista.

Eu falei com Coronel que tem uma coisa realmente que doeu em mim. Não posso negar, e mais ainda nele, que fere o amor próprio da pessoa. Ele tendo mandado, têm direito a reeleição e dizer ‘você não vai ser mais. Vai ser o Wagner, vai ser o Rui’ […] Eu sou presidente do partido. Deságua tudo em mim”.

Otto também disse que prefeitos, ex-prefeitos e deputados pediram uma reação mais dura diante da possibilidade de o PSD ficar de fora da aliança. “Por alguns amigos meus, prefeitos, ex-prefeitos e deputados, eles queriam que eu tomasse uma decisão precipitada [de romper com o governo Jerônimo]”, revelou o senador.

Apesar da pressão, ele afirmou que prefere a cautela e o diálogo. “Me pressionaram, inclusive, dizendo que eu não estava respondendo à altura. Eu não vou chegar num grupo que eu acho que vai dar certo, em um momento desse e chegar com um balde de gasolina para tocar o fogo. Vamos esperar um pouco, pelo menos uma água morna, uma água fria para aguardar e ver como é que vai dar certo. Até porque eu convivi sempre assim, procurando harmonizar os interesses políticos de cada um”.

As falas de Otto vêm após a confirmação das pré-candidaturas de Jaques Wagner e Rui Costa ao Senado, fato que acirrou os ânimos entre os aliados. O governador Jerônimo Rodrigues, no entanto, negou qualquer movimento para excluir o PSD da composição.

Segundo o governador, o objetivo é manter a base unida. Ele afirmou estar comprometido com a “unidade do grupo” e indicou que as decisões sobre a chapa serão tomadas de forma coletiva, respeitando o equilíbrio entre os partidos aliados.

Otto, por sua vez, avaliou que uma eventual chapa formada apenas por integrantes do PT não está descartada, dependendo do contexto político em 2026.

O que eu digo é o seguinte: se o presidente Lula estiver na reeleição dele, ano que vem, hegemônico, já ganhou. E se Jerônimo Rodrigues também estiver aqui com essa posição hegemônica, que eu espero que ele esteja — porque eu quero a eleição dele —, ele pode fazer chapa puro-sangue, e vai fazer o quê?”, questionou.

Autoavaliação e crítica ao ego político

O senador também destacou a importância de compreender o próprio peso político dentro do cenário eleitoral. “Você tem que reconhecer as suas circunstâncias, saber quanto você pesa na balança. Hoje eu posso pesar. Mas será que no próximo ano eu vou estar pesando?”, questionou Otto.

Em tom crítico, ele fez uma analogia sobre o comportamento de lideranças políticas nos bastidores das articulações. “O problema da política é esse: tem que aparecer um cientista para inventar uma balança para o cara subir e saber quanto ele pesa. Tem gente que tem mil votos e acha que tem 100 mil. É o pior cara para conversar. É aquele que é vinte, como eu sou, e pensa que é milhão”.

Ivana Bastos acredita em consenso entre PT e PSD

A presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputada Ivana Bastos (PSD), desconversou, nesta quinta-feira (29), sobre uma possível candidatura ao cargo de vice-governadora em 2026. Nos bastidores, se ventila a possibilidade de que uma eventual chapa com o ministro Rui Costa (PT) buscando o Senado, além do senador Jaques Wagner (PT) e o governador Jerônimo Rodrigues (PT) pleiteando à reeleição, abriria espaço para o PSD ocupar a vice. O cargo atualmente é ocupado por Geraldo Júnior (MDB).

Questionada sobre a possibilidade, em entrevista ao Portal M!, durante o 28º Prêmio Ademi, a deputada disse que “cada agonia” será resolvida “no seu dia”. Ela também enfatizou que seu papel agora é “cumprir a presidência da AL-BA”, ao qual descreveu como um “desafio muito grande”.

São 190 anos, a primeira mulher a chegar ali. A gente precisa terminar esse mandato com muita competência, deixar o nosso legado, que ali passou mulher, mas passou mulher com competência e que fez a diferença”, apontou.

A deputada também falou sobre a situação envolvendo o senador Angelo Coronel (PSD), que pode ser preterido da base governista em função das pré-candidaturas de Rui e Wagner ao Senado em 2026. Com essa dinâmica, seriam enterradas as chances de Coronel disputar a reeleição dentro da chapa majoritária do grupo liderado pelo PT na Bahia.

Ao falar sobre o tema, Ivana enfatizou ainda existir “muito tempo pela frente” para a resolução do impasse. “Eu costumo dizer que cada dia com sua agonia. Tem muito tempo ainda aí pela frente. O PSD é um partido forte, é um partido que faz parte do governo. E eu tenho certeza que vamos continuar juntos, vamos continuar avançando, unidos”, disse.