:: ‘Brasil’
Ex-pastor mirim chama Conselho Tutelar de “raça de bandidos” após voltar a pregar
O jovem Miguel Oliveira, 15, conhecido como “pastor mirim”, voltou a provocar polêmica nas redes sociais ao chamar integrantes do Conselho Tutelar de “raça de bandidos”. A declaração foi feita em vídeo publicado nos stories do Instagram na última terça-feira (10), após o fim de uma suspensão que o impedia de pregar em igrejas. Miguel teve sua atuação limitada pelo Conselho Tutelar, que determinou o retorno às aulas presenciais e vetou temporariamente suas aparições religiosas. A medida foi motivada por denúncias de exposição indevida de menor, exploração religiosa e promessas de cura mediante ofertas durante cultos. No vídeo, Miguel critica o órgão e ironiza a atuação dos conselheiros, sugerindo perseguição religiosa. “Vão no morro caçar menino traficante”, disparou. Ele também se posicionava em defesa de outro menor impedido de atuar em templos religiosos. O adolescente ganhou notoriedade nacional ao viralizar com vídeos de pregação, que somam milhões de visualizações. A performance intensa nos cultos o tornou alvo de críticas, inclusive de religiosos, que apontam exagero e teatralização da fé. Apesar disso, Miguel tem recebido apoio de figuras conhecidas, como Pablo Marçal, e já foi homenageado com os títulos de Embaixador da Paz, no Rio de Janeiro, e Líder Cristão Influente. Em eventos recentes, passou a ser apresentado como “Levita Miguel”.

São Paulo registra primeiro caso de gripe aviária no ano
O governo de São Paulo confirmou nesta sexta (13) o primeiro caso de gripe aviária no estado em 2025. O registro foi feito em uma ave silvestre migratória, que não estava em uma granja e não era comercializada ou utilizada para produção de alimentos.
Segundo a Secretaria de Agricultura, a ave pertence à família Marreca-caneleira (Dendrocygna bicolor) e foi localizada no centro de Diadema, Grande São Paulo.
“A coordenadoria de defesa agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento atuou rapidamente no isolamento da ave, sendo esta examinada com colheita de amostras. A ave foi encontrada sem reação à presença humana e apresentava sinais clínicos como dificuldade de voar, letargia e com alterações respiratórias e neurológicas”, disse a secretária em nota divulgada neste sábado (14).
Por se tratar de uma ave silvestre, não é necessário declarar embargos nas exportações de carnes e ovos na região. Dessa forma, os status sanitários de São Paulo e do Brasil não sofrem alteração perante a OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) e o governo afirma não existir risco à população nem impacto na produção agrícola.
De acordo com a Defesa Agropecuária, não existem estabelecimentos avícolas comerciais no raio de dez quilômetros do local onde a ave foi encontrada e serão realizadas ações de vigilância epidemiológica na área com o objetivo de encontrar possíveis casos de mortalidade em aves ou a existência de sintomas semelhantes à gripe aviária nos animais da região.
A orientação dos agentes de segurança é nunca tocar em aves que possam apresentar sinais clínicos de influenza aviária. O consumo de aves e ovos não transmite a doença, diferentemente do contato direto com o animal infectado.
“A infecção humana ocorre principalmente por contato direto com aves infectadas, portanto aves doentes ou mortas não devem ser manipuladas sem a utilização de equipamento de proteção individual (EPI) e a Defesa Agropecuária deve ser acionada imediatamente caso ocorra alguma suspeita da doença ou identificação de aves mortas.”
Nesta sexta (13), o governo de Goiás confirmou a infecção de gripe aviária em criação com cem galinhas domésticas em Santo Antônio da Barra. O governo do Pará também aguarda o resultado de testes feitos em um ave que morreu no Parque Zoobotânico, após complicações respiratórias.
Para notificações de suspeitas, o governo paulista criou acesse os seguintes canais:
Site da Defesa Agropecuária com endereços Site do Ministério da Agropecuária Email direto da Coordenadoria de Defesa Animal em São Paulo: pesa@cda.sp.gov.br
Pais simulam sequestro do filho de 6 anos para pagar dívida com agiota
Menino foi encontrado em porta-malas do carro da família, após policiais desconfiarem da mãe, que se negou à abrir o compartimento; casal foi preso
Um casal foi preso na manhã da sexta-feira (11) em Jardinópolis, interior de São Paulo, por suspeita de simular o sequestro de um dos filhos, de 6 anos. A criança foi encontrada pela polícia no porta-malas do carro dos pais, segundo a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública). Os policiais militares suspeitaram da mãe quando ela se negou a abrir o compartimento do veículo.
Agentes sugeriram que ela abrisse o porta-malas para facilitar a troca de fraldas do filho mais novo. “Ela se negou, o que levou os policiais a suspeitarem ainda mais da situação. Em um momento, eles abriram o porta-malas, e a criança foi localizada”, disse o capitão da PM-SP Danilo Daltoso, em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo.
Falso sequestro teria sido organizado para pagar dívidas com um agiota, disse o delegado Rafael Pelizzaro. “Estamos averiguando o tempo que a criança passou no porta-malas”, afirmou em coletiva de imprensa.
O garoto chegou à delegacia debilitado. Os pais alegam que ele não passou a noite no porta-malas. A Polícia Civil ainda investiga se o casal simulou no passado que o filho havia sido diagnosticado com câncer para conseguir dinheiro.
A criança foi encaminhada a um hospital pelo Conselho Tutelar, informou a SSP-SP. Os pais foram indiciados por maus-tratos, submeter criança ou adolescente a vexame e por sequestro e cárcere privado.
A Justiça converteu a prisão do casal em preventiva após audiência de custódia deste sábado (12).
Filho de Taís Araújo e Lázaro Ramos é vítima de racismo: “Trauma”
“Minha vida é pedir que o João Vicente não saia desarrumado na rua. Estou evitando um trauma”, disse a famosa.
A artista comentou que ela e seu marido trabalham muito com conversas dentro de casa, explicando para os filhos a dura realidade de viver em uma sociedade racista.Taís desabafou e disse que após o episódio de racismo, precisou ter uma conversa séria com os filhos explicando as violências que jovens negros enfrentam ao frequentarem ambientes de “classe alta. “Falei para ele que, se fosse um menino branco, de olho azul, seria diferente”, declarou.
A atriz Taís Araújo abriu o coração sobre uma situação terrível que seu filho passou enquanto brincava com um amigo. Durante uma entrevista à Vogue, a artista revelou que João Vincente foi vítima de racismo ao ser abordado por um segurança enquanto andava de bicicleta.
De acordo com o relato da esposa de Lázaro Ramos, o menino estava brincando em um condomínio de luxo, durante as férias da família, quando foi abordado pelo segurança, que não acreditou que o menino vivia ali. “Vocês moram aqui”, questionou o homem.
Governistas classificam ato de Bolsonaro como “fracasso”
O ato bolsonarista em prol da anistia na Av. Paulista, em São Paulo, neste domingo (06), foi classificado nas redes sociais pelos governistas como um “fracasso”. O evento contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete governadores.
Eram esperadas pelos organizadores 500 mil pessoas, no entanto, segundo a contagem da Universidade de São Paulo (USP), estavam presentes apenas 44,9 mil pessoas. O primeiro ato realizado no mês de março na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), teve 18,3 mil pessoas, um público também aquém do esperado.
O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, foi um dos primeiros a se manifestar na rede social X. “Mais uma vez a extrema-direita fracassa em sua sórdida tentativa de desestabilização das instituições democráticas. O Brasil paralelo da extrema direita promove uma agenda absolutamente desvirtuada das demandas urgentes do país. Não vi bandeiras em defesa de nossa soberania, de nossos trabalhadores e empresários, ou de projetos fundamentais ao povo, como o da isenção do IR [Imposto de Renda] para quem ganha menos de 5 mil reais e que beneficia mais de 20 milhões de brasileiros”, escreveu.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), disse que o ato “fracassou novamente”. “Pouca gente, apesar da quantidade de ônibus e da estrutura financiada pelo Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo]”, escreveu. O deputado André Janones (Avante-MG) ironizou ao ato e disse que se houver mais um ato “flopado”, a oposição pode “pedir música no Fantástico”. As informações são do portal Metrópoles.
Seis mulheres são esmagadas em acidente entre van e caminhão
Um grave acidente na quinta-feira (3) em São Brás do Piauí resultou na morte de seis mulheres e deixou outras 11 pessoas feridas, algumas em estado grave. O choque frontal entre uma van e um caminhão foi registrado em vídeo por testemunhas.
As vítimas fatais foram identificadas como Rosimeire Rubens da Rocha, 61 anos; Marizete Ferreira Dias, 38 anos; Letícia Soares Ribeiro, 25 anos; Janete Alves de Deus, 35 anos; Dilça Dias Torres Cavalcante, 56 anos; e Hilda Ribeiro Dias, 50 anos. Todas estavam na van no momento da colisão.
O resgate começou com a ajuda de moradores locais, que retiraram quatro corpos antes da chegada das equipes oficiais. O Corpo de Bombeiros do 8º Grupamento de São Raimundo Nonato resgatou mais duas vítimas que estavam presas nas ferragens e isolou a área para preservar a cena do acidente.
Entre os onze sobreviventes estão os motoristas da van e do caminhão, que receberam atendimento inicial do SAMU e foram encaminhados à UPA de São Raimundo Nonato. Três feridos em estado grave foram transferidos para o Hospital Regional Senador José Cândido Ferraz e permanecem na UTI. Uma criança atendida na UPA já recebeu alta, enquanto outro paciente aguarda procedimento cirúrgico. Seis pessoas continuam em observação na unidade de saúde.
PUBLICADO TETO PARA REAJUSTE DE MEDICAMENTOS; CONFIRA
Resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), publicada nesta segunda-feira (31) no Diário Oficial da União, estabelece o novo teto para reajuste de preços de remédios vendidos em farmácias e drogarias de todo o país.
Com a publicação, empresas detentoras de registro de medicamentos poderão ajustar os preços de seus remédios, sendo o ajuste máximo permitido da seguinte forma:
– nível 1: 5,06%;
– nível 2: 3,83%;
– nível 3: 2,60%.
A CMED é composta pelos ministérios da Saúde, a Casa Civil, da Justiça e Segurança Pública, Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exerce a função de secretaria executiva, fornecendo o suporte técnico às decisões.
CÁLCULO
Para a definição dos novos valores, o conselho de ministros da CMED leva em consideração fatores como a inflação dos últimos 12 meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a produtividade das indústrias de medicamentos e os custos não captados pela inflação, como o câmbio, a tarifa de energia elétrica e a concorrência de mercado.
As farmácias e drogarias, assim como os laboratórios, distribuidores e importadores, não podem cobrar pelos medicamentos preço acima do permitido pela CMED. A Lei nº 10.742, de 2003, que trata da regulação do setor farmacêutico, prevê o reajuste anual dos medicamentos.
Isso não significa, entretanto, que haverá aumento automático dos preços praticados, mas uma definição de teto permitido de reajuste. Cabe aos fornecedores – farmacêuticas, distribuidores e lojistas – fixarem o preço de cada produto, respeitados o teto legal e estratégias diante da concorrência.
Em 2024, por exemplo, o reajuste anual do preço de medicamentos foi de 4,5%, equivalente ao índice de inflação do período anterior.
LISTA DE MEDICAMENTOS
A lista com os preços máximos que podem ser cobrados por cada produto fica disponível no site da Anvisa e é atualizada mensalmente.
Segundo a agência, a legislação prevê um reajuste anual do teto de preços com o objetivo de proteger os consumidores de aumentos abusivos, garantir o acesso a medicamentos e preservar o poder aquisitivo da população.
Ao mesmo tempo, o cálculo estabelecido na lei busca compensar eventuais perdas do setor farmacêutico devido à inflação e aos impactos nos custos de produção, possibilitando a continuidade no fornecimento de medicamentos.
CMED
De acordo com a CMED, além da lista da Anvisa, os consumidores podem consultar revistas especializadas na publicação de preços de medicamentos, que devem ser disponibilizadas obrigatoriamente pelas farmácias e drogarias.
“Essas revistas não devem ser confundidas com o material de publicidade do estabelecimento e os preços nelas contidos podem ser menores que aqueles da lista da CMED, pois refletem descontos concedidos pela indústria, mas jamais superiores.”
Caso o consumidor encontre irregularidades, a orientação é acionar os órgãos de defesa do consumidor, como os Procons e a plataforma consumidor.gov.br. Também é possível encaminhar denúncias diretamente à CMED, por meio de formulário disponível na página da Anvisa.
O MEDO DA CHICOTADA QUE RASGA O CARÁTER E DESTRÓI A DEMOCRACIA Mudamos os rostos, mas o roteiro é sempre o mesmo. O que falta a esses senhores não é tempo de mandato, é vergonha na cara.
Platão, lá na Grécia Antiga, já alertava que a democracia poderia virar uma tirania dos incompetentes. Mas parece que nossos políticos levaram isso como desafio pessoal. A cada quatro anos, eles ressuscitam com a mesma cara, o mesmo discurso mofado e a mesma fome — mas não de governar, e sim de se refestelar no banquete público.
A conta, para quem tem olhos de ver, simplesmente não fecha. Milhões gastos em campanhas, tapinhas nas costas distribuídos a granel, promessas espalhadas como confete de carnaval. E tudo isso para quê? Para “servir ao povo”? Para “construir um futuro melhor”? Ora, sejamos sérios. Esse teatro de reeleição sucessiva não passa de um esquema meticulosamente orquestrado, onde cada cargo é um feudo, cada mandato um investimento e cada eleitor um cifrão ambulante.
E o espetáculo continua. Na câmara municipal, desfilam homenagens ridículas a bajuladores profissionais, medalhas distribuídas como se fossem balas de festa infantil. Enquanto isso, a cidade padece. Faltam postos de saúde, mas sobram pedidos para trocar o banco da pracinha no bairro onde ninguém senta. Faltam médicos, mas sobra dinheiro para a construção de um pergolado na cidade — porque, afinal, um enfeite decorativo resolve mais do que um curativo.
O que assusta não é só a sede insaciável pelo poder, mas a absoluta falta de ambição intelectual. O indivíduo que deseja ser reeleito uma, duas, três, quatro vezes poderia, ao menos, melhorar os motivos pelos quais se agarra à cadeira. Poderia buscar um legado, algo minimamente grandioso, algo que valha a pena ser lembrado. Mas não. Preferem a mediocridade bem administrada, o populismo rasteiro, o assistencialismo calculado. O ideal seria que quisessem ser Napoleões, mas se contentam em ser gigolôs do povo.
E nós? Nós assistimos, impotentes, a esse ciclo vicioso. Mudamos os rostos, mas o roteiro é sempre o mesmo. O que falta a esses senhores não é tempo de mandato, é vergonha na cara.
ENTIDADES CRITICAM PERMISSÃO PARA FARMACÊUTICO PRESCREVER MEDICAMENTO
Na última segunda-feira (17), o Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou uma resolução que respalda oficialmente o profissional farmacêutico a prescrever medicamentos categorizados como tarjados e que exigiriam receita médica. O documento causou reação por parte de algumas entidades médicas.
>> Resolução permite que farmacêuticos prescrevam medicamentos
Em nota, o Conselho Federal de Medicina (CFM) classifica a resolução como “absolutamente ilegal e desprovida de fundamento jurídico” e avalia que a prática coloca pacientes em risco.
“A prescrição exige investigação, diagnóstico e definição do tratamento, competências exclusivas dos médicos.”
De acordo com o conselho, não há competência em lei que autorize farmacêuticos a prescrever medicamentos de qualquer natureza. “O CFM adotará as medidas judiciais cabíveis contra a resolução. A entidade diz que repudia veementemente uma resolução que coloca a saúde pública em perigo ao permitir que não médicos, sem formação clínica adequada, prescrevam medicamentos. “Trata-se de “uma invasão flagrante das atribuições médicas.”
“Diagnosticar doenças e prescrever tratamentos são atos privativos de médicos, formados para tal. Farmacêuticos não possuem treinamento para investigar patologias, definir terapias ou gerenciar efeitos adversos de medicações”.
Em nota, a Associação Médica Brasileira (AMB) cita “preocupação” e se manifesta contrária à resolução, “pois entende que a prescrição de medicamentos é o ato final de um processo complexo de anamnese, exame físico e exames subsidiários que permitem o correto diagnóstico das doenças”.
“Só quando concluído o processo é que se pode fazer a receita de um determinado fármaco. Cabe aos médicos essa tarefa”, avaliou a entidade. “O farmacêutico não tem a formação necessária para prescrever medicamentos que podem, uma vez prescritos, afetar a saúde do paciente, caso seja utilizado de maneira equivocada.”
A associação, como entidade médica, diz que está alinhada com o Conselho Federal de Medicina e que tomará todas as providências necessárias para sustar esta decisão tomada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) com o único propósito de garantir a segurança na prescrição de medicamentos à população.
Em comunicado, a Associação Paulista de Medicina (APM) também manifestou preocupação com a resolução. “A prescrição de medicamentos é fundamental para a segurança e eficácia dos tratamentos. Ela envolve a orientação detalhada de um médico sobre quais medicamentos um paciente deve tomar, em que dose, com que frequência e por quanto tempo.”
“Um médico cursa a faculdade por seis anos e, depois, de três a seis anos de residência para se formar e poder estabelecer o diagnóstico e a terapêutica com segurança. Esta segurança vem com a história clínica inicial seguida de um minucioso exame físico. Mesmo assim, muitas vezes, é necessário a solicitação de exames complementares para que a prescrição possa ser feita após um diagnóstico adequado.”
“A Associação Paulista de Medicina e a Associação Médica Brasileira (AMB) estão atentas para denunciar prejuízos que os pacientes possam vir a sofrer com essas irresponsáveis resoluções”, concluiu a entidade.
Entenda
O plenário do CFF aprovou, no dia 20 de fevereiro deste ano, uma resolução que respalda oficialmente o profissional farmacêutico a prescrever medicamentos categorizados como tarjados. No início desta semana, a resolução foi publicada no Diário Oficial da União e entra em vigor em 30 dias.
Em nota, o conselhoinformou que o direito à prescrição de medicamentos foi conquistado pela categoria há 12 anos. “A prescrição farmacêutica é respaldada pela Lei Federal nº 13.021 de 2014, que determina que o farmacêutico tem a obrigação de estabelecer o perfil farmacoterapêutico dos pacientes, além do próprio acompanhamento farmacoterapêutico.”
Para o CFF, a resolução aprovada e publicada este ano não traz “nenhuma novidade” em relação à prescrição em si.
“O que o Conselho Federal de Farmácia fez foi aprimorar os instrumentos normativos para a fiscalização e garantir maior segurança para pacientes e profissionais.”
Segundo a entidade, a norma vincula a prescrição farmacêutica ao Registro de Qualificação de Especialista (RQE), mecanismo aprovado em 2025 e recém-adotado pelo CFF para assegurar que os farmacêuticos atuem de acordo com sua formação e especialização.
“Agora, a sociedade vai poder consultar quais farmacêuticos são prescritores diretamente no site do CFF, melhorando substancialmente a fiscalização e promovendo o melhor cuidado em saúde.”
Em comunicado, o Conselho de Federal de Farmácia destaca que o profissional farmacêutico não pode prescrever todo tipo de medicamento e que sua atuação é limitada à prescrição daqueles que são isentos de prescrição e tarjados, “mediante protocolos ou diretrizes preestabelecidos”.
“Isso garante segurança para a sociedade, pois, diferentemente de outras categorias profissionais que têm liberdade prescritiva (podendo recomendar tratamentos de eficácia questionável como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina para covid-19 ou ainda medicamentos sem indicação, com doses e/ou posologias fora do padrão), os farmacêuticos somente podem prescrever baseados nas evidências científicas mais robustas.”
“Além disso, os farmacêuticos não podem prescrever medicamentos que possuem notificação de receita, como os chamados tarja preta. Ou seja, nenhuma prescrição feita por um farmacêutico será baseada em achismo ou interesses comerciais, mas, sim, na melhor ciência disponível”, completou a entidade.
Críticas
Ao rebater alegações de que a resolução banaliza o cuidado em saúde, o conselho avalia que o documento apenas “organiza” a prescrição farmacêutica, “garantindo que os farmacêuticos atuem dentro de protocolos clínicos bem estabelecidos e embasados na melhor evidência científica disponível”.
“Nenhuma outra categoria profissional tem motivos para se sentir atingida, pois a norma trata exclusivamente da atuação dos farmacêuticos dentro de suas competências definidas em lei federal.”
“É fundamental esclarecer que o farmacêutico realiza consultas farmacêuticas, que possuem objetivos distintos dos demais tipos de consulta e não invadem a atuação de nenhum outro profissional. O papel do farmacêutico é garantir que o uso de medicamentos seja seguro, eficaz e apropriado, atuando em equipe com outros profissionais de saúde. O paciente só tem a ganhar com isso.”