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:: ‘Brasil’

Bloqueio em via impede que coração de paciente goiano possa ser transplantado em S

Bloqueio em via impede que coração de paciente goiano possa ser transplantado em SP

Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O coração de um doador de Goiânia não pôde ser enviado para um paciente de São Paulo por conta de bloqueios em rodovias, promovidos por pessoas que não aceitaram o resultado do 2º turno da eleição. As informações foram confirmadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) do estdo paulista.

 

O impedimento aconteceu na captação. Mesmo apto, o órgão não pode ser recolhido. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Goiás, “não houve aceite do órgão por parte do estado paulista”.

 

Ao G1, a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES-SP) explicou que o transporte de coração exige rapidez e que o órgão deve chegar até o doador em um período de até quatro horas.

 

“Equipes técnicas responsáveis consideraram que, devido a bloqueios, não seria possível realizar a operação de forma que o órgão chegasse com segurança ao paciente”, explicou a pasta de São Paulo.

 

A pasta de Goiás complementou que após São Paulo não conseguir realizar o aceite ao órgão, seguiu com a seleção de receptor para o Distrito Federal, onde não houve receptor compatível.

 

O coração deveria ter sido captado na terça-feira (1), dia em que o doador teve morte encefálica. No mesmo dia, foram captados os rins e córneas, que foram destinados a pacientes de Goiás, e o fígado, que foi encaminhado ao Distrito Federal. Ao todo, cinco pessoas foram beneficiadas com as doações.

VÍDEO: Bolsonaro pede a apoiadores desbloqueio de rodovias: ‘Proteste de outra forma’

VÍDEO: Bolsonaro pede a apoiadores desbloqueio de rodovias: ‘Proteste de outra forma’

Foto: Reprodução Redes sociais

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo nas suas redes sociais, na noite desta quarta-feira (2), para que seus seguidores desbloqueiem as rodovias do Brasil. Manifestantes bolsonaristas estão obstruindo diversas estradas pelo país em protesto contra o resultado das urnas do último domingo (30), que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

Aparentemente abatido, o atual chefe do Executivo federal disse que os bloqueios trazem prejuízo à economia. Apesar do pedido, Bolsonaro não condenou a contestação ao sistema eleitoral brasileiro, que motiva as manifestações.

 

“O apelo que eu faço a você: desobstrua as rodovias, proteste de outra forma, em outros locais, que isso é muito bem-vindo, faz parte da nossa democracia”, disse.

 

 

Veja o discurso na íntegra:

 

Brasileiros que estão protestando por todo o Brasil.

 

Sei que vocês estão chateados, estão tristes, esperavam outra coisa. Eu também estou tão chateado, tão triste quanto vocês. Mas nós temos que ter a cabeça no lugar.

 

Os protestos, as manifestações são muito bem-vindas. Fazem parte do jogo democrático. Ao longo dos anos, muito disso foi feito pelo Brasil — na Esplanada, Copacabana, Paulista, entre tantos e tantos outros lugares.

 

O fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está na nossa Constituição. E nós sempre tivemos dentro dessas quatro linhas.

 

Nós temos que respeitar o direito de outras pessoas que estão se movimentando, além de prejuízo a nossa economia. Sei que a economia tem sua importância. Talvez você esteja dando mais importância a outras coisas agora. É legítimo.

 

Mas eu quero fazer um apelo a você. Desobstrua as rodovias. Isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder, nós aqui, essa nossa legitimidade. Outras manifestações que vocês estão fazendo pelo Brasil todo, em praças, faz parte, repito, do jogo democrático.

 

Fiquem à vontade. E deixo claro, vocês estão se manifestando espontaneamente.

 

Colocamos a nossa Polícia Rodoviária Federal desde o primeiro momento para desobstruir rodovias pelo Brasil e eles têm feito o trabalho de tentar desobstruir, mas são muitos pontos e as dificuldades são enormes.

 

Prejuízo, todo mundo está tendo com essas rodovias fechadas. O apelo que eu faço a você: desobstrua as rodovias, proteste de outra forma, em outros locais, que isso é muito bem-vindo, faz parte da nossa democracia.

 

Por favor, não pensem o mal de mim. Eu quero o bem de vocês. Ao longo desse tempo todo à frente da Presidência colaborei para ressurgir o sentimento patriótico, o amor à Pátria, as nossas cores verde e amarela, sa defesa da família, a defesa da liberdade. Não vamos jogar isso fora. Vamos fazer o que tem que ter feito.

 

Estou com vocês. E tenho certeza que vocês estão comigo. O pedido é: rodovias. Vamos desobstruí-las para o bem da nossa nação e para que nós possamos continuar lutando por democracia e por liberdade.

 

Muito obrigado a todos vocês. Deus abençoe o nosso Brasil.

Galoucura fura bloqueios bolsonaristas em rodovia no Sul de Minas Gerais

Galoucura fura bloqueios bolsonaristas em rodovia no Sul de Minas Gerais

Foto: Reprodução / Instagram

Integrantes da torcida Galoucura, organizada do Atlético-MG, furaram bloqueios causados por protestos de bolsonaristas no trecho do Sul de Minas da rodovia Fernão Dias. 

 

Vídeos publicados nas redes sociais mostram o grupo rompendo a estrutura montada pelos apoiadores do atual presidente para abrir caminho rumo à capital paulista, onde o clube enfrenta o São Paulo às 21h30 desta terça-feira (1º), pelo Campeonato Brasileiro. 

Os torcedores discutem com os bolsonaristas e retiram os pneus da rodovia, aos gritos de “vamos, vamos meu Galo”. Um ônibus faz o traslado da torcida para São Paulo. 

 

Segundo o G1, a concessionária da Fernão Dias, a Arteris, registra, na tarde desta terça, pelo menos dois pontos de bloqueio no sentido a São Paulo neste trecho da rodovia, ambos rompidos pelos torcedores. 

 

Os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) não aceitam o resultado das urnas no último domingo (30), que deram a vitória da eleição presidencial a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

 

Bolsonaro enfrenta dois problemas: um dentro de casa, o outro fora

O presidente da República, Jair Bolsonaro e a primeira-dama, MichelleIgo Estrela/Metrópoles
Sejamos justos com a formosa primeira-dama Michelle Bolsonaro, agora ocupada com os demônios que voltaram a afligir o país, uma vez que Deus não atendeu seus apelos para nos livrar deles.

Não, ela nada tem contra seu marido, o presidente derrotado em sua tentativa de se reeleger e inconformado com isso, afinal de que lhe valeu ajoelhar-se tanto diante de pastores evangélicos.

O problema de Michelle é antigo e atende pelo nome de Carlos Bolsonaro, o filho Zero Dois do presidente, o mais ciumento deles, o mais emocionalmente instável, que nunca a aceitou na família.

Sejamos justos também com Carlos, de apelido Carluxo. Imagine-se com 17 anos, seus pais separados, sua mãe, vereadora, candidata à reeleição, e, de repente, você ouve uma proposta.

A proposta do seu pai, a pessoa que você mais admira no mundo: “Eu quero que você seja candidato a vereador para impedir que sua mãe se reeleja.” Como é??? Isso mesmo que você leu.

E por sua cabeça jamais passara a ideia de tornar-se um político como seu pai, então deputado federal porque fora afastado do Exército sob a acusação de ser um mau militar.

Era Deus no céu e o seu pai na terra. Você testemunhou o sofrimento dele por terem lhe tirado a farda e proibido de frequentar ambientes militares; você se compadecia dele.

Seu pai queria seguir a carreira militar e não pôde. Derivou para a política porque precisava ganhar dinheiro para sustentar a família. Mas não era feliz, nunca seria de fato.

O que você faria? Ficaria do lado de quem? Seu pai tentara convencer o filho mais velho, Flávio, a derrotar a mãe, mas ele não topou. Eduardo, o Zero Três, não tinha idade.

Então, Carlos disse sim. Elegeu-se, derrotando a mãe, Rogéria, e só pôde assumir o mandato porque completou 18 anos entre a eleição e a posse. No primeiro dia, foi à Câmara de mãos dadas com o pai.

A ferida aberta por Bolsonaro em Carlos nunca mais cicatrizou, e voltou a sangrar depois que ele casou-se com Michelle. Era sua terceira mulher. Antes tivera Ana Cristina, mãe de Jair Renan.

Carlos passou a ver Michelle como uma poderosa sombra a separá-lo do pai. Michelle, de início, procurou apaziguá-lo, mas sem sucesso. O rompimento entre os dois, assim, tornou-se inevitável.

Nada apavora mais Bolsonaro do que saber que Carlos está infeliz, que parou de atender aos seus telefonemas, que está disposto a distanciar-se da família e ir tocar a própria vida.

E Carlos usa e abusa do poder que tem sobre Bolsonaro. Demitiu ministros, como Gustavo Bebianno (Casa Civil) e o general Carlos Alberto Santos Cruz (Secretaria de Governo da Presidência).

Na cerimônia de posse do pai, fez questão de desfilar com ele e Michelle em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília. E estava armado porque temia algum atentado.

No ano passado, com medo de que Carlos fosse preso no inquérito sobre distribuição de notícias falsas e atos contra a democracia, Bolsonaro hospedou-o no Palácio da Alvorada. Para quê…

Michelle detestou e o abrigo durou pouco. Carlos deu-lhe o troco: quando Michelle começou a brilhar na campanha do marido, a conta oficial de Bolsonaro no Instagram deixou de seguir a dela.

É Carlos, sempre foi ele, que administra as contas de Bolsonaro nas redes sociais. Quem tem as senhas é ele, com autonomia para fazer postagens sem muitas vezes consultar o pai.

Michelle reagiu em legítima defesa de sua imagem: deixou de seguir o marido no Instagram. E postou a seguinte mensagem em sua conta:

“Esclarecendo a matéria de hoje sobre o meu marido ter deixado de me seguir em seu Instagram, conforme o Jair explicou em várias ‘lives’, quem administra essa rede não é ele. Eu e meu esposo seguimos firmes, unidos, crendo em Deus e crendo no melhor para o Brasil. Estaremos sempre juntos, nos amando na alegria e na tristeza… Que Deus abençoe a nossa amada Nação!”

Bolsonaro, agora, enfrenta dois problemas igualmente graves: um dentro de casa, o outro fora com sua derrota para Lula.

Tropa de Choque da PM é enviada para desobstruir rodovias em SP bloqueadas por bolsonaristas

Tropa de Choque na Castello Branco  — Foto: Reprodução/TV Globo

Tropa de Choque na Castello Branco — Foto: Reprodução/TV Globo

O governo de São Paulo enviou a Tropa de Choque da Polícia Militar para retirar os manifestantes bolsonaristas que bloqueiam vias no estado.

No início da tarde, o efetivo estava na Rodovia Castello Branco, em um trecho perto de Osasco que está interditado desde o início da manhã desta terça (1°), e também na Rodovia Régis Bittencourt.

Às 13h, um grupo interditava a alça de acesso da Rodovia Hélio Smidt para o viaduto Professor Jossei Toda, que segue para a Avenida Monteiro Lobato, em Guarulhos.

Tropa de Choque e manifestantes na Rodovia Régis Bittencourt — Foto: Reprodução/TV Globo

Tropa de Choque e manifestantes na Rodovia Régis Bittencourt — Foto: Reprodução/TV Globo

Motoristas esvaziam pneu de caminhão para não retirar veículo da pista  — Foto: Reprodução/TV Globo

Motoristas esvaziam pneu de caminhão para não retirar veículo da pista — Foto: Reprodução/TV Globo

Policiais militares na Rodovia Régis Bittencourt — Foto: William Santos

Policiais militares na Rodovia Régis Bittencourt — Foto: William Santos

Em entrevista coletiva no final da manhã, o governador Rodrigo Garcia (PSDB), disse que a Polícia Militar atua nos protestos e não descartou o uso da força caso os manifestantes bolsonaristas insistam em permanecer nas vias.

“A partir de agora, nós vamos aplicar aquilo que determina a decisão judicial, iniciando com multas de R$ 100 mil por hora para cada veículo que esteja contribuindo com essa obstrução. A partir também daí fichando e, eventualmente, prendendo àqueles manifestantes que resistirem à desobstrução das vias e, se necessário, o emprego de força.”

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Tropa de Choque ocupa Castello Branco para retirar manifestantes bolsonaristas  — Foto: Reprodução/TV Globo

Tropa de Choque ocupa Castello Branco para retirar manifestantes bolsonaristas — Foto: Reprodução/TV Globo

Durante coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Garcia disse que a gestão tenta dialogar com os manifestantes desde segunda-feira (31). Sem acordo, a partir desta terça, passou a valer a decisão do STF.

“Nós procuramos dialogar e negociar com esses manifestantes para que as vias públicas fossem desobstruídas desde ontem e, hoje, pela manhã, em virtude da decisão do Supremo Tribunal Federal, as negociações se encerram.”

Garcia: Multa de R$100 mil por hora a bloqueios

Garcia: Multa de R$100 mil por hora a bloqueios

Garcia também defendeu a democracia e o respeito ao resultado das urnas. Os manifestantes são contrários ao resultado da eleição de domingo (30) para a Presidência da República.

“As eleições acabaram, nós vivemos num país democrático, São Paulo respeita o resultado das urnas, e nenhuma manifestação vai fazer com que a democracia do Brasil retroceda.”

Biden telefona e parabeniza Lula

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, faz discurso na Casa Branca. Ele aparece diante de microfone e com dedo em riste - MetrópolesChip Somodevilla/Getty Images
Joe Biden telefonou há pouco para Lula com o objetivo de parabenizá-lo pela eleição.

Durante a ligação, o presidente norte-americano elogiou a força das “instituições democráticas do Brasil após eleições livres, justas e confiáveis”.

Segundo a Embaixada dos Estados Unidos informou à coluna, os dois líderes discutiram a relação entre o Brasil e os Estados Unidos e se comprometeram a continuar trabalhando para enfrentar desafios comuns, incluindo o combate às mudanças climáticas, a garantia da segurança alimentar, a promoção da inclusão e da democracia, e o gerenciamento da migração regional.

Dólar fecha em queda no primeiro pregão após vitória de Lula Nesta segunda-feira (31), a moeda norte-americana caiu 2,55%, cotada a R$ 5,1654.

Dólar opera em baixa nesta quarta-feira — Foto: Alexander Mils/Pexels

Dólar opera em baixa nesta quarta-feira — Foto: Alexander Mils/Pexels

O dólar fechou em forte queda nesta segunda-feira (31), após abrir a R$ 5,40 em reação inicial dos mercados à vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se dissipou ao longo do dia. Houve ainda a formação da Ptax de fim de mês — taxa de câmbio calculada pelo Banco Central usada como referência para operações financeiras —, o que torna o pregão volátil.

A moeda norte-americana caiu 2,55%, cotada a R$ 5,1654. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,4095. Veja mais cotações.

Na sexta-feira, a moeda norte-americana encerrou o dia em queda de 0,15%, vendida a R$ 5,3005. Com o resultado de hoje, a moeda acumulou queda de 4,24% no mês. No ano, o recuo é de 7,34% frente ao real.

‘Brasil se expressou livre e democraticamente’, diz Fernández, presidente da Argentina, após reunião com Lula em SP

Presidente da Argentina, Alberto Fernandez, se encontra com Lula em SP — Foto: ReutersO presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta segunda-feira (31) com o presidente argentino, Alberto Fernández, em um hotel de São Paulo. Fernández veio para o Brasil para parabenizar Lula pela vitória.

Nas redes sociais, o presidente argentino comentou o resultado da eleição brasileira e divulgou vídeos do encontro com Lula.

“O Brasil se expressou livre e democraticamente. Democraticamente, elegeram um extraordinário líder latino-americano. Preservar a democracia é a primeira coisa que devemos fazer, e cuidar da vontade popular é fundamental para pensar o progresso da América Latina”, disse o presidente argentino durante a reuniao

Relação bilateral

 

Presidente da Argentina, Alberto Fernandez, com Lula nesta segunda-feira (31) em SP — Foto: Reuters

Presidente da Argentina, Alberto Fernandez, com Lula nesta segunda-feira (31) em SP — Foto: Reuters

De acordo com o jornal “La Nación”, é a primeira vez que Alberto Fernández viaja ao Brasil desde que assumiu o cargo, em 2019. Ele nunca teve um encontro bilateral presencial com Jair Bolsonaro (PL), com quem teve desentendimentos, principalmente em 2020, na pandemia.

Ainda conforme o jornal, os detalhes do encontro entre Lula e Fernández foram coordenados por Daniel Scioli, ex-vice-presidente da Argentina, e Celso Amorim, ex-chanceler brasileiro e assessor internacional do ex-presidente. Scioli entregou há algumas semanas um roteiro de um plano de integração para Amorim, que poderá voltar a ter um papel de peso no Planalto.

A agência Reuters aponta que a vitória de Lula pode implicar a retomada da relação bilateral com o importante parceiro comercial, após a posse do presidente eleito, em 1º de janeiro.

Atritos

O presidente argentino, Alberto Fernández (de costas), em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, que está acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Flávio Rocha. — Foto: Casa Rosada

O presidente argentino, Alberto Fernández (de costas), em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, que está acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Flávio Rocha. — Foto: Casa Rosada

A relação de Jair Bolsonaro e Fernández é marcada por hostilidades. Em 2019, Bolsonaro defendeu a reeleição do então presidente Mauricio Macri, de tendência liberal, que perdeu no primeiro turno para Fernández.

Bolsonaro chegou a dizer que, se Fernández fosse eleito, a Argentina se tornaria uma “nova Venezuela”. Ainda na campanha, o argentino respondeu: “Em termos políticos, eu não tenho nada a ver com Bolsonaro. Comemoro enormemente que fale mal de mim. É um racista, um misógino, um violento”.

Bolsonaro manteve as críticas após a posse do argentino. O argentino adotou quarentenas rígidas, enquanto Bolsonaro sempre foi crítico do isolamento social e do uso de máscara na pandemia.

Em agosto de 2020, por exemplo, Bolsonaro criticou a gestão de Fernández e disse que isso é o que o povo argentino “merece”. O presidente brasileiro se referiu à Argentina para rebater críticas dos próprios apoiadores. Segundo ele, o mesmo aconteceu com Macri.

Sandra Cohen apontou no seu blog, no g1, que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva consolida o eixo político de forças progressistas nas seis principais economias da América Latina. Além do Brasil – com a chegada do presidente eleito como o decano da região –, México, Argentina, Brasil, Peru, Colômbia e Chile são liderados por presidentes de esquerda e centro-esquerda.

Alberto Fernández com Lula em SP — Foto: ASSOCIATED PRESS

Alberto Fernández com Lula em SP — Foto: ASSOCIATED PRESS

Eleito, Lula diz que é hora de ‘restabelecer a paz entre os divergentes’ e que vai governar para todos os brasileiros: ‘Não existem dois Brasis’

Lula faz discurso da vitória em São Paulo — Foto: Reprodução/ TV Globo

Lula faz discurso da vitória em São Paulo — Foto: Reprodução/ TV Globo

O agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez o discurso da vitória em São Paulo na noite deste domingo (30). Ele afirmou que o momento é de “restabelecer a paz entre os divergentes”. Lula disse que vai governar para todos os brasileiros, e não só para os que votaram nele. Para o presidente eleito, “não existem dois Brasis”.

A vitória de Lula foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando havia 98% das urnas apuradas, às 19h57. Àquela altura, ele tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Jair Bolsonaro (PL), que contabilizava 49,17%.

“Meus amigos e minhas amigas. A partir de 1º de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis, somos um único país, um único povo, uma grande nação”, afirmou Lula.

Lula defendeu a paz e a convivência harmônica no país.

“Estou aqui para governar esse país numa situação muito difícil. Mas tenho fé que com a ajuda do povo, nós vamos encontrar uma saída para que esse país volte a viver democraticamente, harmonicamente. E a gente possa inclusive restabelecer a paz entre as famílias, os divergentes, para que a gente possa construir o mundo que nós precisamos, e o Brasil”, completou.

 

Ele disse que não interessa a ninguém viver em um país em eterno estado de guerra. Lula disse ainda que o ódio foi propagado de forma criminosa no Brasil.

“Não interessa a ninguém viver numa família onde reina a discórdia. É hora de reunir de novo as famílias, refazer os laços de amizade rompidos pela propagação criminosa do ódio. A ninguém interessa viver em um país dividido, em permanente estado de guerra”, argumentou.

Combate à miséria

No discurso, Lula afirmou que o combate à fome e à miséria é o “compromisso número 1” do governo eleito.

“Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário”, disse Lula.

“Se somos o terceiro maior produtor mundial de alimentos e o primeiro de proteína animal, se temos tecnologia e uma imensidão de terras agricultáveis, se somos capazes de exportar para o mundo inteiro, temos o dever de garantir que todo brasileiro possa tomar café da manhã, almoçar e jantar todos os dias”, prosseguiu o petista.

“Este será, novamente, o compromisso número 1 do nosso governo.”

Lula também repetiu a promessa, já anunciada durante a campanha, de retomar o Minha Casa, Minha Vida. Durante o governo Jair Bolsonaro, a iniciativa foi substituída pelo programa Casa Verde Amarela, com formato diferente.

“Não podemos aceitar como normal que famílias inteiras sejam obrigadas a dormir nas ruas, expostas ao frio, à chuva e à violência. Por isso, vamos retomar o Minha Casa Minha Vida, com prioridade para as famílias de baixa renda, e trazer de volta os programas de inclusão que tiraram 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza.”

Relação com o mundo político

No discurso da vitória, Lula disse que a história reservou a ele uma missão de “magnitude” e que, para cumpri-la, precisará de “todos os partidos políticos, trabalhadores, empresários, parlamentares, governadores, prefeitos e gente de todas as religiões”.

“O Brasil tem jeito, todos juntos seremos capazes de consertar este país e construir um Brasil do tamanho dos nossos sonhos, com oportunidade para transformar em realidade”, afirmou.

Lula também agradeceu ao antigo rival Geraldo Alckmin, eleito próximo vice-presidente do Brasil, que, segundo o petista, deu uma “contribuição extraordinária” à campanha.

Amazônia

Outro tema que Lula destacou em seu discurso foi a proteção da Amazônia. Ele afirmou que o novo governo terá meta de desmatamento zero.

Arthur Lira parabeniza Lula pela vitória no segundo turno

Arthur Lira parabeniza Lula pela vitória no segundo turno

Foto: Reprodução/ Youtube Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), parabenizou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela vitória no segundo turno das eleições de 2022 (. Lira foi a primeira autoridade a parabenizar o petista pela vitória e defendeu que vontade das urnas não deve ser contestada.

 

“Ao presidente eleito, a Câmara dos Deputados lhe dá os parabéns e reafirma o compromisso com o Brasil, sempre com muito debate, diálogo e transparência. É preciso ouvir a voz de todos, mesmo divergentes, e trabalhar para atender as aspirações mais amplas”, afirmou Lira.

 

Durante pronunciamento, o presidente da Câmara defendeu ainda a pacificação do país e afirmou que é hora de “olhar adiante” para dar melhor qualidade de vida ao povo brasileiro. “É hora de desarmar os espíritos, estender a mão aos adversários, debater, construir pontos, propostas e práticas que tragam mais desenvolvimento, empregos, saúde, educação e marcos regulatórios eficientes”, disse Lira.

 

Arthur Lira também defendeu a lisura, a estabilidade e a confirmação da vontade popular do processo eleitoral. “Da mesma forma que reafirmamos a lisura, a estabilidade e a confirmação da vontade popular, não podemos aceitar revanchismos ou perseguições, seja de que lado for”, disse.



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