WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia

FJS


outubro 2024
D S T Q Q S S
 12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031  


marcus solla acougues angelica

:: ‘Brasil’

Bolsonaro cortou 90% da verba de combate à violência contra a mulher

Agência BrasilO presidente Jair Bolsonaro (PL) cortou em 90% a verba disponível para ações de enfrentamento à violência contra a mulher durante sua gestão. O dinheiro destinado ao Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos para proteção das mulheres caiu de R$ 100,7 milhões, em 2020 —primeiro Orçamento inteiramente elaborado por Bolsonaro—, para R$ 30,6 milhões no ano passado. Neste ano, sobraram apenas R$ 9,1 milhões, de acordo com dados da pasta.

Para 2023, o governo enviou ao Congresso uma proposta de Orçamento que prevê uma leve recuperação dos recursos, atingindo R$ 17,2 milhões. Na comparação com 2020, no entanto, ainda há uma queda acentuada (83%). Essa verba é usada nas unidades da Casa da Mulher Brasileira e de Centros de Atendimento às Mulheres, que atendem vítimas de violência doméstica, com serviços de saúde e assistência. Além disso, tem o objetivo de financiar programas e campanhas de combate a esse tipo de crime.

Num esforço de tentar reduzir a rejeição do presidente no eleitorado feminino, a campanha de Bolsonaro tem dado destaque a ações do presidente nesta área –como a sanção de leis de interesse do público feminino. Em materiais de campanha, Bolsonaro também tem prometido que vai ampliar os recursos para enfrentar a violência contra mulheres, caso ele seja reeleito. A proposta orçamentária reflete essa promessa, embora os valores ainda sejam distantes da verba destinada a essas ações no início do governo.

Além disso, as restrições de recursos presentes no projeto de Orçamento indicam que, no próximo ano, pode haver paralisação do serviço Ligue 180 —canal de denúncias de violência doméstica. A proposta prevê apenas R$ 3 milhões para a Central de Atendimento à Mulher. Em média, são necessários R$ 30 milhões por ano para esse canal, que funciona 24 horas por dia e em 16 países, além do Brasil.

O Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos justifica a redução de recursos com o argumento de que adota políticas transversais (que englobam diversas áreas). Por isso, afirma a pasta, ações setoriais como de igualdade racial também beneficiam mulheres. No entanto, iniciativas da pasta, como promoção da igualdade racial, fortalecimento da primeira infância e educação em direitos humanos, já existiam desde o início do governo e mantiveram um patamar de próximo de R$ 2 milhões para cada área.

 

“O governo federal acredita que promove e articula políticas públicas universais de direitos humanos, com especial atenção às mulheres”, disse a pasta.Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre março de 2020, início da pandemia no país, e dezembro de 2021, foram registrados 2.451 casos de feminicídios e 100.398 de estupro e estupro de vulnerável com vítimas do gênero feminino.

 

O Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos) ressalta que, no caso das Casas da Mulher Brasileira, que fazem o atendimento às vítimas, o corte na verba pode prejudicar o acompanhamento dado às mulheres, que muitas vezes precisam ser afastadas do seu agressor. “Deveria ser investido mais recursos para que se reduza a violência e também para que as vítimas sejam atendidas. Essa política foi rapidamente desmontada nesse governo”, disse Carmela Zigoni, assessora política do Inesc.

 

“O Bolsonaro vem tentando disputar o voto feminino, mas o machismo dele não é só no gesto, nas palavras, mas também nas prioridades orçamentárias do seu governo”, disse a deputada federal e líder do Psol na Câmara, Sâmia Bomfim (SP). O partido fez um estudo do histórico das políticas para mulheres e concluiu que Bolsonaro foi o primeiro presidente a “não propor um programa específico que explicite o combate à violência contra a mulher” –os recursos para essa finalidade foram unificados ao programa de promoção e defesa de direitos humanos para todos.

Procurado, o Palácio do Planalto não se manifestou sobre o corte nos recursos para as medidas de enfrentamento à violência doméstica. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, tem ganhado cada vez mais protagonismo na campanha para tentar melhorar a imagem do presidente no público feminino.

 

A ideia é tentar minimizar a imagem machista do presidente dando voz a Michelle, que desde a convenção para oficializar a candidatura à reeleição faz discursos com apelo religioso e troca demonstrações de carinho com o marido. Mas, no discurso, em Brasília, durante o 7 de setembro, o presidente, em cima de carros de som, pediu voto, reforçou discurso conservador e deu destaque a Michelle, com declarações de tom machista.

 

Em peça publicitária da campanha, o PL apresentou feitos de Bolsonaro às mulheres em seu mandato, como a sanção das leis Mariana Ferrer (que proíbe que vítimas de crimes sexuais e testemunhas sejam constrangidas durante audiências e julgamentos) e da violência psicológica. Mas essas iniciativas foram propostas pelo Congresso –coube ao presidente apenas sancionar (confirmando a proposta do Legislativo).

 

“Se para alguns parece estranho que Jair tenha feito tanta coisa pela proteção das mulheres é porque não conhecem o presidente”, disse Michelle em vídeo produzido na corrida eleitoral. A locutora do vídeo também tenta suavizar a do presidente imagem ao dizer que “não é com discurso que o Jair demonstra respeito com as mulheres, é com realizações”.

Mulher é flagrada em ônibus na BR-116 com arara-maracanã em bolsa de viagem

Mulher é flagrada em ônibus na BR-116 com arara-maracanã em bolsa de viagem — Foto: Divulgação/PRF

Mulher é flagrada em ônibus na BR-116 com arara-maracanã em bolsa de viagem — Foto: Divulgação/PRF

Uma mulher de 52 anos foi flagrada ao transportar arara-maracanã dentro de uma bolsa de viagem, no km 830 da BR-116. Ela, que estava em um ônibus de viagem, foi abordada no trecho de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. O coletivo tinha como destino a cidade de Tapiramutá.

O nome da mulher não foi divulgado pela Polícia Rodoviária Federal, que apreendeu o animal. Popularmente chamada de “ararinha”, por causa do seu tamanho, a ave estava em um ambiente escuro e sem ventilação adequada.

Aos agentes, a mulher informou que cria a arara-maracanã há mais de 10 anos. Ela foi autuada e responderá por crime contra o meio ambiente. Depois de ouvida, ela foi liberada. O animal foi levado para cuidados de órgãos ambientais.

Bolsonaro veta saque do saldo do vale-alimentação

Bolsonaro veta saque do saldo do vale-alimentação

Foto: Carolina Antunes / PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou a possibilidade de o trabalhador sacar em dinheiro o vale-alimentação que não for usado, presente em proposta que altera regras do benefício. Também saiu do texto final, por decisão de Bolsonaro, a possibilidade de repasse das sobras da contribuição sindical obrigatória, que foi extinta em 2017, para centrais sindicais.
As duas propostas foram incluídas na MP (Medida Provisória) enviada pelo governo ao Congresso para mudar as regras do benefício.
Os vetos foram antecipados pela Folha de S.Paulo na semana passada e publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (5). Parlamentares darão a palavra final sobre o texto, podendo reverter a decisão do chefe do Executivo.
Coube ao Ministério da Economia a recomendação para que o mandatário não sancionasse as medidas, que considera que trariam insegurança jurídica.
No caso do saque do benefício em dinheiro pelo trabalhador, a pasta disse que a mudança tornaria o saldo sujeito à incidência de imposto.
O argumento já havia sido antecipado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente e relator do projeto.
Além disso, o governo também alegou que “tal medida poderia atribuir custos operacionais na movimentação de dinheiro às empresas facilitadoras, os quais possivelmente seriam repassados ao trabalhador.”
A mudança gerou discussão entre entidades do setor e especialistas. Segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), a possibilidade de o auxílio-alimentação poder ser sacado em dinheiro pelos funcionários caso não seja usado em 60 dias ainda era um risco ao setor.
Para a entidade, essa medida desvirtua a função primordial do auxílio, que é garantir a alimentação do trabalhador, pois permitirá que o valor seja usado em outros tipos de gastos.
Há controvérsia sobre a mudança. Já para Fernanda Borges Darós, advogada e sócia do escritório Silveiro Advogados e especialista em direito empresarial (PUC-RS), a medida era acertada.
“É preciso lembrar que o auxílio-alimentação pertence ao trabalhador e cabe a ele dispor deste recurso da melhor forma que lhe aprouver, desde que não desvirtue a sua finalidade”, afirmou em artigo publicado na Folha de S.Paulo no último dia 16.
De acordo com ela, tanto o auxílio quanto o vale-refeição podem estar previstos em negociação sindical ou serem ofertados pelo empregador por liberalidade por meio de inscrição no PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador). Portanto, não integraria a remuneração do empregado e não cabe tributação, como Imposto de Renda.
Quanto à proposta de repasse às centrais sindicais do saldo residual da contribuição sindical, Bolsonaro vetou por não apresentar estimativa de impacto fiscal.
“Nesse caso, deve-se demonstrar o cálculo do impacto e a ausência de prejuízo ao alcance das metas fiscais”, diz o ministério da Economia no Diário Oficial da União.
O dispositivo deve encerrar a disputa pelo recurso, que pode superar R$ 600 milhões. Essa verba teria sido repassada ao Ministério do Trabalho por erros de preenchimento na época.
Estes recursos já deveriam ter sido entregues às entidades, segundo elas –e o texto as atenderia.
Presidente de honra da Força Sindical, Paulinho da Força (SD-SP) foi relator da MP pela proximidade que tem com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Orçamento 2023: Projeto prevê Auxílio Brasil de R$ 405

Orçamento 2023: Projeto prevê Auxílio Brasil de R$ 405

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Apesar do presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmar que no ano de 2023 o Auxílio Brasil seria de R$ 600, a proposta de Orçamento enviada nesta quarta-feira (31) para o Congresso Nacional prevê o valor mínimo de R$ 405 mensais. O valor de R$ 400 foi alcançado neste ano após a promulgação da PEC dos Precatórios.

 

O projeto propõe ainda salário mínimo de R$ 1.302 no próximo ano, sendo o quarto ano sem aumento real. No texto, não foi citada a correção da tabela do Imposto de Renda.

 

Os benefícios para caminhoneiros e taxistas, vigentes até dezembro, também não estão previstos no documento. O texto prevê um espaço de R$ 14,2 bilhões pra reajuste salarial de servidores públicos, sem indicar percentuais.

Aneel mantém bandeira tarifária verde para o mês de setembro Contas de luz ficam sem cobrança extra por quinto mês seguido

Linhas de transmissão de energia, energia elétricaA Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde em setembro para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com a decisão, não haverá cobrança extra na conta de luz pelo quinto mês seguido.

A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril deste ano. Segundo a Aneel, na ocasião, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia.

Caso houvesse a instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado no fim de junho pela Aneel. Segundo a agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.

Bandeiras Tarifárias

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre qualquer acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril deste ano, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.

Políticas públicas para mulheres serão debatidas no 3º Encontro Territorial de Mulheres do Piemonte da Diamantina

Será realizado, neste sábado (27), em Jacobina, o 3º Encontro Territorial de Mulheres do Piemonte da Diamantina, para discutir políticas públicas voltadas para o gênero. Na mesma oportunidade, será realizado o 7º Encontro Regional de Mulheres. Os eventos acontecerão, simultaneamente, no Balneário Sombra Água Fresca.

 

Promovidos pela Central de Mulheres Urbanas e Rurais da Região (CEMURR), os encontros contarão com a participação do Grupo de Trabalho de Gênero da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com representantes dos territórios baianos e de entidades atendidas pelo serviço de assistência técnica e extensão rural (ATER), da Chamada Pública ATER Mulher, da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), e de outras unidades da SDR. O evento também contará com a participação de representantes da Secretaria de Política para Mulheres da Bahia (SPM) e da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi).

 

No período de 19 e 21 de agosto, o debate aconteceu em Remanso, território Sertão do São Francisco, durante a 20ª Assembleia da Rede de Mulheres, com o tema “Divisão Justa do Trabalho Doméstico”. Foram debatidas as Cadernetas Agroecológicas, a importância da Declaração de Aptidão ao Pronaf  (DAP) e as Chamadas Públicas ATER Mulher, ATER Agroecologia e ATER Biomas.

 

As propostas discutidas nos encontros regionais e territoriais serão debatidas no 7º Encontro de Mulheres Rurais, que vai acontecer no fim do ano, em Salvador, na modalidade presencial, durante a 13ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária. Dentre os temas a serem abordados no encontro estadual, estarão a diversidade das mulheres rurais e a experiência das Cadernetas Agroecológicas.

Em 7 meses, mais de 100 mil crianças não tiveram reconhecimento paterno em 2022

Em 7 meses, mais de 100 mil crianças não tiveram reconhecimento paterno em 2022

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Após as comemorações do Dia dos Pais, dados dos Cartórios de Registro Civil do Brasil mostraram que 100.717 crianças foram registradas sem o nome paterno nos sete primeiros meses deste ano. Durante o período nasceram 1.526.664 crianças, ou seja, 6,5% do total de recém nascidos possuem apenas o nome da mãe em sua certidão de nascimento.

 

Em relação a 2021, essa porcentagem cresceu 0.5 pontos. No ano passado, foram 96.282 sem registro paterno das 1.586.938 crianças nascidas no intervalo. Sobre 2020, foram 1.581.404 nascimentos e 92.092 apenas com o nome materno na certidão de nascimento. A quantidade de recém nascidos deste ano de 2022 é a menor registrada desde 2016.

 

Os números estão registrados no Portal da Transparência do Registro Civil, na página denominada Pais Ausente e que integra a plataforma nacional, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). O site reúne as informações referentes aos nascimentos, casamentos e óbitos registrados nos 7.654 Cartórios de Registro Civil do Brasil, presentes em todos os municípios e distritos do país.

 

“Os números mostram que temos muito a evoluir quando se trata de responsabilidade paterna. Ambos, pai e mãe, são responsáveis pela criação dos filhos e possuem responsabilidades que precisam ser compartilhadas. Obviamente cada família vive uma realidade diferente, mas são dados substanciais que podem embasar as políticas públicas”, explicou o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli.

 

RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE

O procedimento de reconhecimento de paternidade pode ser feito diretamente em qualquer Cartório de Registro Civil do país desde 2012, quando foi regulamentado pelo Provimento nº 16 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Assim, não é mais necessária decisão judicial nos casos em que todas as partes concordam com a resolução.

 

Nos casos em que a iniciativa seja do próprio pai, basta que ele compareça ao cartório com a cópia da certidão de nascimento do filho, sendo necessária a anuência da mãe ou do próprio filho, caso este seja maior de idade.

 

Em caso de filho menor, é necessário a anuência da mãe. Caso o pai não queria reconhecer o filho, a mãe pode fazer a indicação do suposto pai no próprio Cartório, que comunicará aos órgãos competentes para que seja iniciado o processo de investigação de paternidade.

 

Desde 2017 também é possível realizar em Cartório o reconhecimento de paternidade socioafetiva, aquele onde os pais criam uma criança mediante uma relação de afeto, sem nenhum vínculo biológico, desde que haja a concordância da mãe e do pai biológico.

 

Neste procedimento, caberá ao registrador civil atestar a existência do vínculo afetivo da paternidade ou maternidade mediante apuração objetiva por intermédio da verificação de elementos concretos: inscrição do pretenso filho em plano de saúde ou em órgão de previdência; registro oficial de que residem na mesma unidade domiciliar; vínculo de conjugalidade (casamento ou união estável) com o ascendente biológico; entre outros.

Jovem morre junto com amiga horas após comemorar seus 19 anos

RPC Curitiba

Segundo pai de uma das garotas, jovem estava comemorando o aniversário horas antes em uma pizzaria

Duas jovens morreram na noite desta sexta-feira (19) após o carro onde estavam capotar na BR-476, na cidade de Contenda, localizada na Região Metropolitana de Curitiba. Elas foram identificadas como Gabrielly Sobota, de 22 anos, e Pamela Sitnek Guarnieri, de 19 anos.

Segundo o pai de Pamela, a filha estava comemorando o aniversário horas antes em uma pizzaria. Ela e Gabrielly eram amigas há cerca de sete anos. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, um outro jovem de 26 anos, que conduzia o carro, ficou ferido. Ele foi levado ao Hospital de Contenda e depois transferido para um hospital, onde segue internado.

As duas vítimas e o motorista estavam em um posto de combustíveis bebendo e saíram do estabelecimento sentido Curitiba. Conforme a PRF, o carro capotou diversas vezes e depois bateu em árvores na beira da rodovia. Pelo fato de o motorista ter se ferido, não foi possível fazer o teste do bafômetro no local do acidente.

O veículo foi levado ao pátio da PRF e os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal de Curitiba. A Polícia Civil vai apurar as causas do acidente.

Covid deixa ao menos uma sequela em 65% dos infectados no Brasil, aponta estudo

Peter Ilicciev/Fiocruz

Os efeitos da pandemia da Covid devem perdurar

A Covid-19 deixou pelo menos uma sequela em 65% dos pacientes no Brasil. A perda de olfato ou paladar foi o problema de maior prevalência: cerca de 30% daqueles que foram infectados pelo Sars-CoV-2 relataram o problema. O dado é um alerta de que, mesmo com o arrefecimento da pandemia, os efeitos da pandemia de coronavírus devem perdurar nos pacientes por um longo período de tempo e impactar o sistema de saúde brasileiro.

“A saúde pública vai estar sobrecarregada com isso”, resume Lígia Kerr, epidemiologista, vice-presidente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e professora da UFC (Universidade Federal do Ceará).

A conclusão do número de sequelas por pacientes é do Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), um estudo realizado por ligação telefônica em todas as regiões do Brasil. No total, foram entrevistados cerca de 9.000 participantes durante o primeiro trimestre de 2022.

A pesquisa foi realizada pela organização de saúde Vital Strategies e pela Ufpel (Universidade Federal de Pelotas). O inquérito também é fruto de parceria com outras entidades, como a Abrasco.

Cada participante poderia indicar, durante a entrevista, mais de uma complicação que surgiu após a infecção por Sars-CoV-2 -vírus que causa a doença.

As sequelas ocasionadas pela Covid -também conhecidas como Covid longa- ainda são pesquisadas pela comunidade médica e científica. Um estudo recente listou os 62 sintomas mais comuns para pessoas que apresentam a complicação crônica.

No entanto, ainda restam dúvidas de como o vírus causa essas condições após a fase aguda da Covid-19 e também de qual o período em que elas persistem.

“Como é algo novo, nós não sabemos o que é para sempre e o que não é”, afirma Luciana Sardinha, uma dos pesquisadores que lideraram o Covitel e assessora técnica em epidemiologia e saúde pública da Vital Strategies. Ela diz que o dado final de 65% pacientes com sequelas foi uma surpresa.

As incertezas sobre a duração das complicações preocupam Sardinha porque elas podem impactar os sistemas de saúde. Ela explica que já existe uma sobrecarga de atendimento em razão dos procedimentos que foram paralisados durante os momentos de pico da pandemia. Com as sequelas, outros problemas de saúde advindos da Covid-19 devem perdurar no país.

“Percebemos que é muito grave [o índice de sequelas no Brasil] e isso precisa ser olhado agora que as coisas estão normalizando em relação a Covid”, diz.

Ponto semelhante é citado por Lígia Kerr, da Abrasco. Ela diz que é importante conscientizar a população de que, embora haja as vacinas, ainda é necessário tomar medidas preventivas contra o Sars-CoV-2 a fim de não colocar em risco o desenvolvimento de sequelas pela infecção.

Kerr afirma que estudos já observaram como a reinfecção pelo vírus ocasiona maiores chances para o surgimento de Covid longa. “É como se ocorresse um acúmulo [de riscos para sequelas].”

Como as vacinas atuais não têm alta capacidade de barrar a infecção pelas variantes mais recentes do patógeno, a adoção de outros cuidados, como uso de máscara e higienização das mãos, são recomendados por ela.

A epidemiologista também alerta sobre como a Covid-19 pode piorar condições clínicas que os pacientes já apresentavam antes da infecção viral, como diabetes. “Não é só o aparecimento [de novas complicações], mas o agravamento de condições pregressas”, diz.

Segundo ela, doenças crônicas como essas que podem ser pioradas pelo coronavírus representam problemas de gastos ao SUS. “As doenças crônicas têm um componente de custo alto”, afirma.

Brasil é o terceiro país com mais casos de varíola do macaco no mundo

Reprodução / Nigeria Centre for Disease Control

Dados sobre varíola foram divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta (18)

O Ministério da Saúde divulgou, na noite desta quarta-feira (17), dados sobre a varíola dos macacos no Brasil. Conforme levantamento, já foram diagnosticados 3.359 casos positivos da doença, pouco mais que a Alemanha, que registrou 3.213. Com isso, o Brasil se tornou o terceiro país com mais registros confirmados para a monkeypox, atrás apenas da Espanha, com 5.968 casos, e dos Estados Unidos, que tem 13.517 diagnósticos.

O avanço da varíola no Brasil foi descrito novamente como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), através da líder técnica do vírus, Rosamund Lewis, em entrevista coletiva. Segundo a especialista, o governo brasileiro precisa agir para conseguir frear o surto. “Dos países que têm tendência de preocupação, o Brasil é um deles. É importante que todas as intervenções de saúde disponíveis sejam executadas e que os indivíduos recebam as informações para se proteger.”, afirma Rosamund.

Entre os estados brasileiros, São Paulo é o estado com mais casos registrados, com 2.274. Já Acre, Tocantins e Paraíba são os estados que têm apenas um caso em seus territórios. A Bahia por sua vez, possui 26 diagnósticos do vírus.

O primeiro caso registrado em território brasileiro foi anunciado no dia 8 de junho, algumas semanas após outros países divulgarem os diagnósticos. Segundo informações divulgadas pelo portal R7, o surto começou em maio, com pacientes na Espanha e no Reino Unido.



WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia