
Filho de prefeito que espancou ex na BA tem prisão preventiva decretada e é considerado foragido Filipe Pedreira, de 19 anos, é procurado pela polícia. Caso ganhou repercussão após vítima, que também é filha de um prefeito do interior do estado, relatar agressão em rede social.
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Filipe é suspeito de espancar a ex-mulher na Bahia. (Foto: Reprodução/TV Bahia)
jovem Filipe Pedreira, de 19 anos, filho do prefeito da cidade baiana de Salinas da Margarida e suspeito de torturar, espancar e cortar os cabelos da ex-mulher Clara Emanuele Santos Vieira, de 20 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e é considerado foragido.
O jovem é procurado desde sexta-feira (18), quando foi acatado o pedido de prisão, solicitado pelo Núcleo de Proteção à Mulher (NPM) da 4ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), com sede em Santo Antonio de Jesus, onde o crime ocorreu.
A Polícia Civil informou, nesta quinta-feira (24), que policiaiss cumpriram mandado de busca e apreensão em imóveis da família de Felipe e em lugares indicados por denúncias anônimas.
“Estivemos nas cidades de Salinas da Margarida, Arauá, Jaguaripe e em lugares indicados por denúncias anônimas, mas ele não foi localizado”, explicou a delegada Patrícia Jackes, que investiga o caso.
Caso
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Clara foi espencada, torturada e teve os cabelos cortados pelo ex-marido (Foto: Reprodução/TV Bahia)
As agressões à Clara ocorreram no dia 8 de maio, na cidade de Santo Antônio de Jesus, recôncavo baiano. A vítima, que é estudante de Direito, morava em uma casa com Filipe e o filho deles, de um ano. Ao G1, ela contou ter recebido socos no rosto, e também que teve os cabelos e dedos cortados. Segundo a vítima, o homem também agrediu o filho deles e o pai dela, com spray de pimenta.
Conforme informou a delegada Patrícia Jackes, Filipe confessou as agressões e alegou ciúmes. “Disse que Clara Emanuele havia traído ele e, por isso, ele se descontrolou”, detalhou a delegada.
No Instagram, a vítima publicou imagens com hematomas no olho e disse que o celular dela foi destruído. A situação acabou gerando a campanha “#todosporclara” nas redes sociais.
Clara conta que, enquanto o ex a agredia, a acusava de traição. “Ele disse que eu tinha outro namorado. Disse que ia me deixar careca e que ninguém ia me querer. E que se eu tivesse outro, ia matar a mim e a ele”, falou.
Jovem de 20 anos fez denúncia contra ex-marido na Bahia (Foto: Reprodução/ Instagram)
Durante a agressão, os vizinhos ouviram a discussão e chamaram a polícia. No entanto, Clara teve medo de fazer a denúncia. “Eu disse [aos policiais] que não estava acontecendo nada. Depois disso, consegui fugir para a casa de minha vizinha”, conta Clara, que foi levada para o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus.
O suspeito, então, foi para a casa do ex-sogro, na cidade de Muniz Ferreira. Segundo Clara, no imóvel, ele ameaçou o sogro com uma faca e tentou agredí-lo, além de lançar spray de pimenta no filho de um ano. O bebê foi levado para o posto de saúde da cidade, avaliado e depois liberado. Ele não teve ferimentos.
No dia 19 de maio, parentes e amigos de Clara realizam um protesto na região do Iguatemi, em Salvador, para pedir justiça pelo crime.
Agressões
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Clara denunciou ter sido ter sido torturada pelo ex-marido. (Foto: Reprodução/ Instagram)
Clara disse que ela já havia sido agredida outras vezes durante o relacionamento. Ela casou com o rapaz no final de 2016 e a separação ocorreu no dia 27 de abril deste ano, porque ela não aguentava mais a violência.
“Eu não denunciei porque eu achava que um dia ele ia parar de fazer. Acabei por conta disso, porque eu não aguentava mais”, afirma a jovem.
Ela fala que o relacionamento piorou desde que o filho deles nasceu. “Ele disse que ninguém ia me querer por conta desse filho, ele me xingava o tempo todo”, relembra.
A jovem diz que, depois de ter rompido o silêncio e ter visto a repercussão do caso dela nas redes sociais, muita mulheres procuraram ela para também relatar casos de violência. “Por um lado é bom, porque encoraja muitas mulheres. Muitas mulheres que procuram e contam situações parecidas ou até piores do que a minha”, diz Clara.
NESSA MADRUGADA MAS UMA VEZ O POSTO DE SAÚDE FOI BAIRRO DO AÇUDE FOI ROUBADO E O 4 ROUBO NESSA UNIDADE

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MATANDO SEM COMPAIXÃO
Os assassinos continuam livres e soltos pelas ruas de Vitória da Conquista. Há tempos não se via tamanho assanhamento na cidade. Infelizmente existem blitz para multar as pessoas, que andam sem documentos ou com irregularidades em seus respectivos veículos, mas falta fiscalização para deter os que andam armados, tipo RAMBO, matando pessoas a torto e a direito.
Dois homens armados invadiram um bar no bairro Senhorinha Cairo. Chegaram numa moto. Anunciaram assalto. Mandaram que todos ficassem de costas para a parede e executaram Vanderlei de Jesus Góes. Mataram o homem com quatro tiros. Apesar dos criminosos terem anunciado assalto, a Polícia afirma que houve execução.[fote conquista news ]
Protesto de caminhoneiros: falta de produtos e combustíveis atingem cidades baianas
Os bloqueios em estradas estaduais e federais na Bahia, por parte dos caminhoneiros, estão custando aos produtores de leite do estado R$ 1,2 milhão em prejuízos. Ontem, 800 mil litros do produto deixaram de ser coletados nas fazendas.
Na Região Metropolitana de Salvador, a paralisação dos caminhoneiros fez com que um dos mais tradicionais centros de compras da cidade, a Feira de São Joaquim, passasse o dia com boxes fechados e poucas opções de frutas e legumes à disposição dos clientes. O vaivém e o burburinho de vendedores e clientes deram lugar a galpões esvaziados. No setor de hortifruti, a maioria dos boxes sequer abriu.
A BR-324, principal via de acesso a Salvador, foi bloqueada pelos manifestantes e produtos vindos do interior não chegaram à Ceasa, principal central de abastecimento que atende a capital.
Sem oferta, os preços das frutas e legumes aumentaram. A saca de cebola subiu de R$ 60 para R$ 80 e da batata de R$ 60 para R$ 110.
Vendedores que compram produtos do Recôncavo deram mais sorte: a produção chega pela Baía de Todos os Santos e não foi afetada pela greve. A paralisação fez aumentar a demanda por produtos da região.
Desabastecimento
Em cidades do sudoeste baiano, como Vitória da Conquista, e da região da Chapada Diamantina, como Jacobina, motoristas fizeram filas em postos de combustível para abastecer os carros, diante da baixa oferta de gasolina.
Em Conquista, a rede de postos São Jorge, com seis unidades na cidade, reservou o restante do combustível em estoque para abastecer ambulâncias, viaturas da polícia e do corpo de bombeiros.
“Estamos com dois caminhões com combustível que não conseguiram nem sair da distribuidora. O prejuízo é enorme”, diz o gerente da rede, Erval Arruda.
No setor leiteiro, os bloqueios nas estradas afetam mais de 200 laticínios. “Essa manifestação está afetando o setor leiteiro todo. O leite está sendo perdido nas fazendas”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados de Leite do Estado da Bahia, Lutz Viana Rodrigues. As regiões onde mais se produz leite são o Sudoeste, Sul, Extremo Sul e nas imediações de Feira de Santana, no Sertão.
Em Itapetinga, no Sudoeste, a Cooperativa dos Produtores de Leite (Cooleite) informou que deixará de coletar 4 mil litros de leite hoje de 30 produtores em Itororó e Potiraguá porque o acesso via BA-130 está bloqueado.
A cooperativa tem seu próprio posto de combustível, mas o estoque só era suficiente até a noite de ontem. “Estamos vendo como fazer a coleta dos outros fazendeiros que ficam em locais onde não há bloqueios”, informou o presidente da Cooleite, Robson Viveiros Silva.
Caminhões parados
De acordo com o Sindicom, que representa as distribuidoras de combustíveis na Bahia, mais de 500 caminhões estão nos terminais e bases de combustíveis parados em São Francisco do Conde, Itabuna, Jequié, Juazeiro e Luiz Eduardo Magalhães.
Em Jequié, o litro da gasolina subiu para mais de R$ 5 em vários postos e, mesmo assim, carros e motos fizeram filas para abastecer.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) divulgou comunicado no qual manifesta sua “preocupação com os absurdos aumentos cobrados nas tarifas de energia elétrica e com as abusivas altas nos preços dos combustíveis”.
“Tudo com reflexos diretos na manutenção e geração de empregos e nos preços dos alimentos de subsistência e naqueles destinados à comercialização com o consumidor final”, acrescenta.
Em três dias, caminhoneiros levam governo Temer à lona
O governo de Michel Temer não aguentou três dias de greve de caminhoneiros. Sentiu o peso político de um país à beira de uma paralisia causada pelos protestos nas rodovias. Não suportou a pressão, esqueceu o que dissera e foi à lona.
O episódio tem revelado o quão desnorteado está o Planalto. Impopular, fraco, cambaleante a cada crise.
Mostrou ao país e ao mercado internacional que a Petrobras topa perder um bom dinheiro (ao menos R$ 100 milhões no caixa da empresa) diante da incapacidade de enfrentar 72 horas de chantagem de uma categoria.
A fraqueza demonstrada nos últimos dias não deixa de ser um incentivo para outros setores ameaçarem o governo nos sete meses que faltam para o seu melancólico fim.
Os caminhoneiros, por exemplo, ignoraram o apelo de Temer por uma trégua de três dias e avisaram (antes da redução do diesel) que, ao menos até esta sexta (25), manteriam a manifestação.
O bloqueio nas estradas ocorre na semana em que o presidente confirmou a desistência do fantasioso desejo de disputar a reeleição para anunciar o apoio do MDB ao nome do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
Sem ultrapassar os 2% das intenções de voto, Meirelles será o candidato responsável por defender o legado deste governo. Poucas coisas são tão impopulares quanto aumento de preço de combustível. Ainda mais em ano de eleição