O Ponto de Cultura ACAPEB beneficia quase 100 famílias com cestas digitais em parceria com as Ong’s Gerando Falcões e Atados, atingindo quase 500 pessoas do município de Gongogi-Bahia.
As organizações Gerando Falcões e Atados já beneficiaram mais de um milhão de pessoas no Brasil com as suas ações sociais.
Em Gongogi, o projeto consiste na doação de R$ 150,00 mensais disponíveis num cartão-alimentação por dois meses para cada família, que se encontra com dificuldades de alimentar-se nesse período de pandemia.
“É muito triste encontrar pessoas tão próximas sem ter o que comer, por isso acredito que cada gesto solidário é uma forma de salvar a humanidade”, desabafa Moabe Souza, diretor-geral da ACAPEB.
O projeto iniciou neste mês de julho com uma programação que envolveu as famílias através de momentos de descontração com palestras de motivação e incentivo ao cooperativismo numa perspectiva da economia solidária.
“Moro de aluguel, tenho três filhos e aqui em casa só vive faltando as coisas e esse cartão já é uma ajuda grande”, disse uma das beneficiárias.
“Não podemos ajudar todo mundo, mas estamos fazendo a nossa parte”, disse a influencer digital Beatryz Moura, diretora da ACAPEB.
Segundo a direção da entidade, as atividades culturais e educacionais retornarão gradualmente no início de agosto com programas na área de leitura e contação de estórias.
A ACAPEB desde o início da pandemia vem criando iniciativas em parceria com artistas através do projeto “Em tempos de coronavírus reencontro pela arte”, visando diminuir as diferenças sociais, principalmente com a promoção de eventos para arrecadação de alimentos e agasalhos.
A entidade foi fundada em 12/04/1998 por jovens e mantém os projetos tornando-se referência por suas ações humanitárias.
Lei foi publicada no Diário Oficial da União e entra hoje em vigor. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
O Diário Oficial da União traz hoje (29) a Lei 14.188/2021, que prevê que agressores sejam afastados imediatamente do lar ou do local de convivência com a mulher em casos de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da vítima ou de seus dependentes, ou se verificado o risco da existência de violência psicológica.
O texto que entra em vigor hoje modifica trechos do Código Penal, na Lei de Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/90) e na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006). A norma prevê pena de reclusão de um a quatro anos para o crime de lesão corporal cometido contra a mulher “por razões da condição do sexo feminino” e a determinação do afastamento do lar do agressor quando há risco, atual ou iminente, à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher.
“O Brasil quando aprova a criminalização da violência psicológica se coloca à frente de várias nações desenvolvidas. Com ações como essas, vamos debelar esse mal endêmico no nosso país”, avalia a presidente da Associação de Magistrados do Brasil (AMB), Renata Gil. A entidade foi autora da sugestão ao Congresso que deu origem a Lei. A proposta foi entregue em março deste ano aos parlamentares.
A nova lei foi sancionada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro, em solenidade no Palácio do Planalto.
X vermelho
A lei estabelece ainda o programa de cooperação Sinal Vermelho, com a adoção do X vermelho na palma das mãos, como um sinal silencioso de alerta de agressão contra a mulher. A ideia é que, ao perceber esse sinal na mão de uma mulher, qualquer pessoa possa procurar a polícia para identificar o agressor.
A nova legislação prevê ainda a integração entre os Poderes Executivo e Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública, os órgãos de Segurança Pública e entidades e empresas privadas para a promoção e a realização das atividades previstas, que deverão empreender campanhas informativas “a fim de viabilizar a assistência às vítimas”, além de possibilitar a capacitação permanente dos profissionais envolvidos.
Dados
Desde o início da pandemia da covid-19, os índices de feminicídio cresceram 22,2% em comparação com os meses de março e abril de 2019. Os dados foram publicados em maio de 2021 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.