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Após término da paralisação dos caminhoneiros, áudios e mensagens estão circulando em Grupos de WhatsApp, afirmando que vai acontecer nova paralisação, ainda mais forte que antes e vai parar tudo. (veja foto abaixo)
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Sabe aquele vilão de filme de terror você acha que matou, mas na última cena (depois do final feliz) ele aparece e mostra que está vivo (e com vontade de se vingar). É isso que está acontecendo com a notícias falsas relacionadas a greve dos caminhoneiros. Quando achávamos que elas haviam acabado (e sido substituídas pelo “desafio das princesas”), eis que uma “poderosa” vem à tona.
Durante a greve, três lideranças a nível nacional se destacaram: a CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autonômos), a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros) e a Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros). Nenhuma delas falou sobre novas paralisações.
As entidades e a classe dos caminhoneiros tiveram muitos dos seus pedidos atendidos (principalmente a queda em R$ 0,46 no litro do diesel e o preço do frete mínimo) e, apesar de alguns profissionais (voluntária ou involuntariamente) estarem parados, a greve está no fim (também na prática). Nos sites oficiais, é possível ver o pedido, inclusive, para que caminhoneiros que ainda estão coagidos a ficarem parados façam denúncias.
Mesmo que as entidades não estivessem satisfeitas (e parecem estar), há um detalhe “financeiro” que inviabiliza qualquer chance de greve. Há uma multa para entidades e empresas que bloquearem rodovias de R$ 100 mil por hora. Ou seja: se alguém parar, não terá o apoio de associações, sindicatos ou empresas. E aí o movimento enfraquece. Detalhe: as multas estão começando a serem cobradas.
Resumindo: a mensagem que aponta que os líderes dos caminhoneiros vão fazer uma nova paralisação é falsa. Além de ter todas as características de boatos, a conjuntura da situação aponta que, pelo menos por enquanto, não há previsão de uma nova paralisação da classe. A mensagem que circula online tem mais jeito de alarmismo do que outra coisa.
Em tempo: essa história de “estoquem alimentos” já foi citada em outro boato que foi desmentido. Foi justamente este alarde que fez algumas prateleiras de supermercados se esvaziarem e os preços subirem.
Vale pensar duas vezes antes de sair correndo para as gôndolas ou postos. Fica a dica.
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