:: 18/fev/2025 . 16:17

Em entrevista ao Jornal Band News nesta terça-feira (18), a delegada da Polícia Civil, Karla Rodrigues, detalhou o andamento da investigação sobre a morte de Davi Nunes Moreira, de 14 anos. Segundo a delegada, a polícia teve conhecimento do caso por meio do levantamento cadavérico e de informações fornecidas por vizinhos.

“Esse jovem de 14 anos amassou uma borboleta, misturou com água e injetou o líquido na própria perna. A perna começou a inchar, e ele foi encaminhado ao Hospital de Planalto. Depois, devido à gravidade do caso, foi transferido para Vitória da Conquista, onde veio a óbito”, explicou a delegada.

Sobre a dinâmica familiar, Rodrigues destacou que o pai do adolescente cria os filhos sozinho. “Nosso trabalho inclui ouvir os familiares e também os médicos que prestaram atendimento ao jovem. A mãe também será chamada para depor, pois ela não convivia com ele”, afirmou.

A delegada reiterou que essa situação é inédita e negou qualquer relação com um suposto desafio da internet. “Em conversa com os vizinhos, foi relatado que Davi tinha o hábito de pegar insetos e guardá-los em potes. Também soubemos que ele acreditava que poderia se transformar em super-herói, influenciado por filmes como Homem-Aranha”, pontuou.

Alerta para os pais

Rodrigues enfatizou a importância da atenção dos pais ao comportamento dos filhos. “Os pais precisam estar atentos ao que os filhos fazem e ao que consomem na internet. Muitos adolescentes passam longos períodos sozinhos em casa, e é essencial que os pais acompanhem suas atividades e interesses”, disse.

Ela destacou que é necessário verificar o que as crianças e adolescentes guardam em seus quartos e quais são seus hábitos. “O caso nos mostra como é importante dialogar com os filhos e compreender seus pensamentos e influências. A fantasia pode se tornar um risco quando não há orientação adequada”, alertou.

Investigação em andamento

A Polícia Civil continua coletando provas e aguardando os resultados dos exames periciais para esclarecer a causa da morte. “A seringa usada pelo jovem foi recolhida para análise. Os laudos periciais serão fundamentais para esclarecer os detalhes da tragédia”, explicou Rodrigues.

A Polícia Civil tem um prazo de 30 dias para concluir o inquérito. No entanto, a polícia pode prorrogar esse prazo, dependendo dos resultados da necropsia. “Precisamos aguardar os laudos periciais para uma conclusão precisa sobre a causa da morte”, afirmou a delegada.

Medidas preventivas

Para evitar situações semelhantes, a Polícia Civil, em parceria com outros órgãos, está estudando formas de conscientização. “Estamos trabalhando para garantir que casos como esse não se repitam. A educação sobre os riscos dessa prática será uma das frentes de trabalho”, concluiu Rodrigues.

A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que, seguindo as diretrizes do Conselho Federal de Medicina (CFM), não divulgará mais informações sobre o caso, a fim de preservar o sigilo médico e a privacidade da equipe envolvida.

DADOS DO FATO

Crime: PRODUTO ASSINALADO COM MARCA ILICITAMENTE REPRODUZIDA (ART. 190, INC. I DA LEI 9.279/1996)
Data : 18/02/2025
Hora : 11:30h
Local : Rua Corino Sarno (via pública), centro, Poções/BA
DADOS DO AUTOR: R. D. V. F., 38 anos, natural de Barbacena, Minas Gerais.

🛑HISTÓRICO:

Em diligências no dia 18/02/2025, Investigadores do serviço de investigação da Polícia Civil de Poções avistaram um veículo S10, cor preta, com placa do Espírito Santo e desconfiaram da atitude do motorista e decidiram realizar a abordagem. Que dentro do referido veículo foram encontradas dezenas de ferramentas em caixas do tipo: furadeiras, lixadeira, martelete e parafusadeiras das marcas DeWALT, BOSCH e MAKITA, porém na nota fiscal apresentavam marcas diferentes, com incongruência nas informações verificadas pelos agentes estatais. Questionado sobre o fato, o proprietário do veículo, R. D. V. F, 38 anos, confessou aos policiais que ele comprava os equipamentos da marca NAKKAN (chinesa), retiravas os adesivos da fabricante paralela e colava os das marcas famosas acima citadas, cometendo crimes contra a propriedade industrial e enganando possíveis compradores. Descobriu-se que as colagens eram feitas por ele próprio, que comprava os adesivos em Minas Gerais.

Foi apresentado R. D. V. F, 38 anos juntamente com 13(treze) maletas de ferramentas sendo 11(onze) ostentando a marca DeWALT, 1(uma) ostentando a marca MAKITA e 1(uma) da marca BOSCH além e 4(quatro) lixadeiras sem maletas sendo 3(três) DeWALT e 1(uma) BOSCH. O conduzido responderá pelo crime previsto no Art. 190 da Lei 9.279/1999 (crime contra registro de marca industrial).

As investigações continuarão, caso surjam vítimas compradoras dos produtos, responderá, também, pelo crime de estelionato. Toda a mercadoria apreendida será encaminhada para a perícia criminal e as empresas detentores das marcas serão notificadas da ocorrência.

Fonte: DPC Shangai A. Ramos e DT Poções