“Cadê os Direitos Humanos?”, indaga amigo em velório de criança em Betim
Além da dor com o assassinato de Ieda Isabella Manoel Peres, de apenas 5 anos, morta a facadas em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, familiares e amigos temem que o autor do ataque saia da prisão. À Polícia Militar, a família de jovem, de 25 anos, afirmou que ele apresenta um quadro de esquizofrenia.
“Cadê os Direitos Humanos que até agora não veio aqui dar apoio à família dessa criança? A gente não quer que esse criminoso volte para a sociedade para matar mais pessoas”, disse Fábio Santos Júnior, de 33 anos, amigo da família.
Para ele, a Justiça contribuiu com a morte da criança ao soltar Moabe, em agosto deste ano. O homem já tinha antecedentes criminais e estava preso em São Joaquim de Bicas.
“A culpa disso aí é da Justiça. Quem mandou soltar ele é o culpado. Se ele for solto, nós vamos protestar. Ele tem que pagar pelo que fez, mas a família desse homem não tem culpa. Quero pedir que os moradores do Vila Cristina não façam nada contra os familiares dele”, desabafou.
Veja um trecho da entrevista:
Durante a madrugada, as pessoas que estiveram no velório ficaram orando. Familiares da criança que moram em Montes Claros, no Norte de Minas, chegaram antes do dia amanhecer. Ainda não há informações se o irmão de Ieda, de 8 anos, que presenciou o crime, vai comparecer ao sepultamento.
Professoras do Centro Infantil Municipal (CIM) Silvina Júlia de Carvalho, onde a criança estudava, também chegaram ao velório nesta manhã. O prefeito de Betim, Vittorio Medioli, decretou luto oficial de três dias na unidade de ensino.
Para a próxima terça-feira (5), moradores do Vila Cristina marcaram um protesto na praça do bairro.
O sepultamento de Ieda está marcado para às 10h desta quinta.