O senador Otto Alencar (PSD) comentou durante entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira (22), as manifestações do último domingo (21) contra a ‘PEC da Blindagem’ e a anistia realizadas em todo o País. Foi uma manifestação espontânea do povo baiano. Eu quero agradecer ao povo baiano e ao povo brasileiro contra uma posição que vai na contramão do que o eleitor quer do seu eleito seja ele governador, senador e deputado federal. Tranparência. E a PEC da Blindagem foi uma PEC que queria deixar no escuro, nebuloso, sombrio, aquilo que os parlamentares federais podem ou poderiam fazer sem a capacidade de dar a condição de investigação com o voto secreto”, afirmou.

O congressista lembrou que a Constituição de 1988 deu solidez ao voto secreto até o ano de 2001, quando o Congresso Nacional resolveu acabar com o sigilo. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) lembrou que nesse período de 13 anos, dos 250 pedidos de investigação contra parlamentares foram concedidos apenas um, em que o deputado acabou sendo processado.

A concessão foi dada, em 1991, ao deputado federal de Rondônia Jabes Rabelo (PTB) que tinha, segundo Otto, acusações da Promotoria de Justiça de Rondônia de receptação de veículo roubado e transporte de cocaína.

Na entrevista, o senador reiterou que irá “enterrar” de vez a proposta no Senado e que o projeto não deve voltar para a Câmara. Otto não acredita que haverá pedido de vista dos senadores. A CCJ irá analisar ‘PEC da Blindagem’ como 1º item da pauta, na próxima quarta-feira (24) a pedido do relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE).

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