O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), métrica calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para monitorar as expectativas do setor produtivo do estado, marcou -55 pontos em agosto, numa escala que vai de -1.000 a 1.000 pontos, indicando um cenário de Pessimismo Moderado (intervalo de -250 pontos a zero ponto). Trata-se da sétima pontuação seguida abaixo de zero, mas do maior patamar desde março.

Ao registrar -55 pontos, o ICEB captou avanço da confiança em relação a julho (quando o indicador marcou -126 pontos). Assim, em comparação ao mês imediatamente antecedente, a alta foi de 71 pontos – mais do que suficiente para suplantar o recuo de 38 pontos em julho.

“Ao suplantar o recuo ocorrido em julho, a alta da confiança em agosto pelo menos ajuda a frear o movimento de deterioração das expectativas no ano, já que a oscilação líquida do indicador resultou notadamente negativa no intervalo”, avalia Luiz Fernando Lobo, especialista em produção de informações econômicas, sociais e geoambientais da SEI. Ainda segundo Lobo, “apesar da variação positiva considerável no mês, ainda não se pode afirmar que isso signifique a interrupção da tendência descendente verificada ao longo dos oito meses do ano”.

No que se refere aos setores, houve progresso em todos os quatro grupamentos de atividade. De um mês ao outro, o setor de Serviços exibiu a maior expansão na confiança e a atividade de Comércio foi a que registrou a menor ampliação. Apenas Agropecuária assinalou pontuação superior a zero, com 24 pontos. Os demais resultados foram: Indústria, -58 pontos; Serviços, -71 pontos; e Comércio, -38 pontos.

Do conjunto avaliado de assuntos, os temas crédito, câmbio e situação financeira foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis PIB estadual, PIB nacional e abertura de unidades apresentaram os indicadores de confiança em situação mais favorável no mês.

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