Moradores de Uruburetama, no interior do Ceará, estão revoltados com o tratamento recebido após a morte de um bebê de apenas quatro meses. O motivo da revolta é o fato de o enterro do menor ter acontecido em um armário de cozinha, devido à falta de caixão infantil.

A família procura explicações da prefeitura da cidade que, de acordo com eles, não prestou nenhum auxílio. O caso foi classificado pelos populares como uma “falta de respeito”. Nas redes sociais, circulam imagens da criança morta dentro do armário. A TV Jangadeiro, filiada ao SBT, tentou contato com a mãe da criança, mas como ela estava muito abalada preferiu não comentar sobre o assunto, assim como a avó.

A secretaria de Saúde do município informou que foi realizada uma solicitação de caixão para o bebê. Porém, alega que houve um atraso por parte da funerária vencedora do processo licitatório para providenciá-lo. Já a funerária diz que uma falha mecânica no carro que ia para a casa do falecido comprometeu a prestação do serviço. Eles ainda falaram que a falta de sinal telefônico foi outro fator que “impossibilitou” o atendimento.

A Prefeitura também se posicionou dizendo que medidas cabíveis serão tomadas, pois a administração pública não tolera o equívoco nem a deficiência na prestação de serviço.

A notícia da falta de caixão infantil levanta suspeitas sobre a licitação para serviços de assistência funerária, fechada em 3 de maio de 2018, segundo o portal do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Pelo contrato, tinham sido gastos R$ 118 mil na compra de 220 urnas para famílias carentes, sendo que 80 eram infantis.

Compartilhe: