Protestos da esquerda pedem fim da escala de trabalho 6×1
Atos foram convocados em diversas cidades do país.
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Nesta sexta-feira (15), manifestantes da esquerda realizaram protestos em várias cidades do país, reivindicando o fim da escala de trabalho 6×1, que prevê seis dias consecutivos de trabalho por um dia de descanso. Atos foram registrados em capitais como São Paulo, Brasília, Manaus, Fortaleza, Rio de Janeiro e Recife. Em Salvador, manifestações também estavam programadas para ocorrer em pontos estratégicos da cidade.
O tema ganhou força nesta semana com a repercussão da proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). A PEC propõe reduzir a jornada de trabalho para, no máximo, 36 horas semanais, distribuídas em quatro dias por semana.
Movimento Vida Além do Trabalho
A proposta é uma bandeira do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que defende que o modelo atual é uma das principais causas de exaustão física e mental dos trabalhadores brasileiros. O movimento argumenta que a escala 6×1 prejudica o convívio familiar e social, além de dificultar a prática de atividades físicas, de lazer e de estudos.
Impactos econômicos e opiniões de especialistas
A possível extinção da escala 6×1 tem gerado debates sobre os impactos na economia e no mercado de trabalho. Especialistas afirmam que a mudança pode aumentar os custos operacionais das empresas, especialmente em setores como comércio, indústria e serviços. O ajuste de turnos e a necessidade de novas contratações são apontados como fatores que podem pressionar financeiramente empregadores, principalmente os pequenos negócios.
Por outro lado, defensores da proposta argumentam que jornadas mais curtas podem melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, reduzir índices de absenteísmo e aumentar a produtividade individual. Além disso, trabalhadores com mais tempo livre tendem a consumir mais em setores como lazer e turismo, o que pode estimular a economia.
A transição para um modelo de trabalho mais flexível exigiria um equilíbrio entre os interesses econômicos e as demandas por bem-estar dos profissionais. O debate segue em destaque, com diferentes setores da sociedade acompanhando os desdobramentos da proposta.
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