Luiz Henrique Mandetta afirmou que é preciso ganhar tempo para que os estados concluam seus preparativos e mencionou o Amazonas, onde as populações indígenas são mais vulneráveis / Foto: divulgação
Com mais 60 mortes informadas, número aumentou 20% em um dia. O ministro da Saúde disse que o momento é de muita atenção, foco e disciplina, para não perder o foco na doença
O balanço dos casos de novo coronavírus (Covid-19) divulgados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (3/4) aponta que há 359 mortes causados pela doença e 9.056 casos confirmados. A taxa de letalidade está em 4%.
Na quinta-feira (2) havia 7.910 casos confirmados e 299 mortes. Em relação ao balanço anterior foram acrescentados 60 mortes, o que significa um aumento de 20%.
“Estamos entrando no outono, inverno é nosso maior pesadelo. Temos uma epidemia de dengue, de influenza, de corona, de sarampo. Vamos devagar, com calma, o momento é de muita atenção e foco e disciplina. Não vamos perder o foco na doença”, declarou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
O ministro afirmou que é preciso ganhar tempo para que os estados concluam seus preparativos e mencionou a situação dos casos no Ceará (627 casos confirmados), no Rio Grande do Norte (176 casos confirmados) e no Amazonas (260 casos confirmados). Ao falar do Amazonas, Mandetta lembrou que a pasta está preocupada com a relação entre os povos indígenas e a população de Manaus, capital do estado.
“Manaus como a capital da Amazônia, nos preocupa pela quantidade da população indígena que frequenta essa região. Os indígenas têm uma relação imunológica muito ruim com vírus como esse, dos ‘brancos’. A história do contato branco e indígenas é uma história de páginas muito tristes da história do Brasil”,. lembrou
O ministro alertou que ONGs e igrejas que trabalham nessa região estão sob “restrição absoluta”.
“Então colabore, não se aproxime do povo indígena. Pedimos a colaboração de todos para que os chefes indígenas colaborem e conversem com o seu povo”, frisou o ministro.