A Bahia registrou queda no desempenho sobre os índices da alfabetização de crianças em 2024. De acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) estado, com percentual de 36%, teve o pior desempenho de todas as 27 unidades da Federação. Números mostram 11 unidaes que atingiram a meta de 60% de crianças alfabetizadas projetada para 2024, em relação a 2023.Segundo o levantamento do Ministério da Educação (MEC), Ceará, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Piauí, São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Sergipe atingram a meta.  Além, da Bahia,  Rio Grande do Sul, Amazonas, Paraná, Pará e Rondônia  ficaram abaixo da mmeta.

De modo geral, o Brasil aumentou o número de crianças de até 7 anos alfabetizadas em 2024, mas não atingiu a meta de 60% dos alunos na faixa etária estabelecida pelo governo federal. Os últimos números indicam que 59,2% dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental são capazes de ler e escrever textos simples. Em 2023, este índice era de 56%.

Segundo o ministro da Educação, as enchentes que acometeram o Rio Grande do Sul no ano passado causaram o descumprimento da meta de alfabetização do país. A tragédia levou o índice de alfabetização do estado desabar de 63,4%, em 2023, para 44,7% em 2024.

O levantamento contou com a participação de 2 milhões de alunos de 42 mil escolas em 5.450 municípios brasileiros. O único estado que não participou da avaliação foi Roraima, sob a justificativa de que 40% das escolas estão em territórios indígenas.

Os dados seguem o Indicador Criança Alfabetizada, que define que os alunos até o 2º ano do Ensino Fundamental precisam ter capacidade de ler pequenos textos, localizar informações em textos curtos, compreender tirinhas e quadrinhos e escrever, mesmo que com alguns desvios ortográficos.

No ano passado, o MEC estabeleceu a meta de que todos os estados cheguem a 80% das crianças alfabetizadas até 2030.

Confira os índices de alfabetização em 2024 por estado em %:

Acre: 51,4

 

Alagoas: 48,6

 

Amapá: 46,6

 

Amazonas: 49,2

 

Bahia: 36,0 

 

Ceará: 85,3

 

Distrito Federal: 59,1

 

Espírito Santo: 71,7

 

Goiás: 72,7

 

Maranhão: 59,6

 

Mato Grosso: 60,6

 

Mato Grosso do Sul: 55,9

 

Minas Gerais: 72,1

 

Pará: 48,2

 

Paraíba: 56,0

 

Paraná: 70,4

 

Pernambuco: 60,8

 

Piauí: 59,8

 

Rio de Janeiro: 55,3

 

Rio Grande do Norte: 39,3

 

Rio Grande do Sul: 44,7

 

Rondônia: 62,6

 

Roraima: dados não foram coletados

 

Santa Catarina: 62,0

 

São Paulo: 58,1

 

Sergipe: 38,4

 

Tocantins: 50,1

 

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