Juíza destaca discurso de Fachin no combate à violência doméstica e feminicídio e projeta impactos para a Bahia
Com trajetória marcada pela luta contra a violência doméstica, a juíza Andremara dos Santos comentou sobre a importância do discurso de posse do novo presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Ministro Edson Fachin, em relação ao combate à violência doméstica e ao feminicídio, e como isso pode influenciar as ações na Bahia.
“Essa pauta, não só a violência doméstica, mas ele falou explicitamente, expressamente no enfrentamento ao feminicídio. Então, isso não é surpresa, porque a história do ministro Fachin, do professor Fachin, que formou tantas gerações, está envolvida com essa pauta desde o Paraná”, afirmou.
O posicionamento, para ela, representa um ‘conforto’. “É um acalento para nós que trabalhamos nessa área, saber que teremos na presidência do CNJ e na presidência do STF um ministro que tem este compromisso.”A magistrada também afirmou que Fachin fará uma boa gestão, focada nos direitos humanos, no combate ao racismo e ao feminicídio: “Eu acredito que sim porque a história dele, o homem humanista, o presidente hoje do STF é um humanista. Eu tive a honra de trabalhar com a ministra Carmen Lúcia, que oficializou, normatizou um programa, uma política judiciária nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, e tenho muita esperança sim, eu acredito mesmo, tenho fé, como ele estava dizendo, que com a compreensão que ele tem, com a humanidade, o humanismo que ele tem ao longo da carreira, não só ao longo da vida, acredito sim que ele cumprirá essa pauta.”
Sobre o impacto na Bahia, a juíza tem expectativas positivas e que ações serão somadas as atividades já desenvolvidas pelos órgãos competentes no estado.
“A Bahia como unidade federada está, eu espero que seja muito bem influenciada por essas pautas no CNJ e do STF, mas pelo Conselho Nacional de Justiça, e que o executivo, os executivos estaduais, os municipais, todos venham a somar, além do judiciário que já está empenhado com o TJBA por elas, com todas as campanhas que têm sido feitas pelo Tribunal de Justiça, pela presidente Cíntia e pela desembargadora Nagila, que é a coordenadora das mulheres em situação de violência. Então acredito que se houver essa vontade política, se essa vontade política declarada se materializar, a Bahia só irá somar”, concluiu.