Homem confessou o crime e disse que a ação foi um “castigo” pela mulher ter desejado ficar com outro. Vítima ficou quatro dias na cova

Valdenice Alves de Novais, de 53 anos, não imaginava que a semana que planejou passar com o namorado terminaria com ela em uma cova, enterrada viva pelo companheiro. A mulher foi encontrada pela polícia, na quinta-feira (9/12), em um buraco raso, dentro de uma região de mata intensa na cidade de Barro Preto, no sul da Bahia.

O paradeiro da vítima foi descoberto após os investigadores localizarem o suspeito, que confessou o crime e revelou o local em que deixou a parceira no último domingo (5/12). As informações são do O Globo.

A violência foi motivada por ciúmes. Em depoimento, o suspeito afirma que Valdenice queria se encontrar “com outro” e por isso resolveu “puni-la”. O homem afirmou que empurrou a mulher durante uma discussão, no domingo, que caiu e bateu a cabeça, o que a deixou desacordada. Nesse momento, ele achou que a parceira estava morta e reanimou a vítima. Quando ela acordou, o suspeito a amarrou e a enterrou na cova.

“Ele disse que sabia que a mulher estava viva e fez isso como castigo, pois estava com ciúmes e queria punir a companheira”, disse o delegado Evy Paternostro, responsável pela investigação, ao O Globo.

Com a localização em mãos, a polícia enfrentou horas de buscas em mata fechada para localizar Valdenice. Na cova, a vítima foi encontrada amarrada, desidratada, com sinais de confusão mental e com marcas de uma pancada forte na cabeça.

Ela foi levada ao hospital da região e foi liberada. No entanto, a família da mulher afirma que ela está em estado de choque e que “fica apenas parada” olhando para os familiares. O agressor foi preso.

Valdenice estava desaparecida desde 29 de novembro, quando parou de responder às mensagens da família após dizer que passaria uma semana com o companheiro, com quem iniciou o relacionamento recentemente.

Desde então, os investigadores da 6ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Itabuna e da Delegacia Territorial (DT) de Barro Preto faziam buscas pela mulher.

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