Produção industrial baiana teve aumento de 5,0% em dezembro e recuou 1,8% em 2023
Em dezembro de 2023, a produção industrial (transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, registrou queda de 1,4% frente ao mês imediatamente anterior, após ter registrado avanço em novembro com taxa de 2,8%. Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana assinalou aumento de 5,0%. No período de janeiro a dezembro de 2023, o setor industrial acumulou taxa negativa de 1,8%, em relação ao mesmo período do ano anterior. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Na comparação de dezembro de 2023 com igual mês do ano anterior, a indústria baiana apresentou aumento de 5,0%, com seis das 11 atividades pesquisadas assinalando avanço da produção. O segmento de Derivados de petróleo (17,5%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de gasolina e óleo diesel. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Produtos alimentícios (1,9%), Borracha e material plástico (4,7%), Bebidas (2,1%), Celulose, papel e produtos de papel (1,4%) e Metalurgia (5,0%). Por sua vez, o segmento Produtos químicos (-10,3%) apresentou a principal contribuição negativa no período, devido, principalmente, à queda na fabricação de desodorantes corporais e antiperspirantes e polietileno linear. Outros segmentos com recuo na produção foram: Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,8%), Couro, artigos para viagem e calçados (-9,4%), Minerais não metálicos (-9,9%) e Extrativa (-1,7%).
No acumulado de janeiro a dezembro de 2023, comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana registrou queda de 1,8%. Sete dos 11 segmentos da Indústria geral contribuíram para o resultado, com destaque para o segmento Extrativo (-22,2%) que registrou a maior contribuição negativa, devido à queda na produção de óleos brutos de petróleo, gás natural e magnésia, óxidos de magnésio e carbonato de magnésio natural. Outros segmentos que registraram decréscimo foram: Produtos químicos (-10,3%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-19,4%), Celulose, papel e produtos de papel (-5,3%), Metalurgia (-3,9%), Borracha e material plástico (-1,8%) e Minerais não metálicos (-6,3%). Por sua vez, o segmento de Produtos alimentícios (11,8%) exerceu a principal influência positiva no período, explicada especialmente pela maior fabricação de açúcar cristal, carne de bovinos, óleo de soja refinado, leite em pó e farinha de trigo. Outros resultados positivos no indicador foram observados nos segmentos de Derivados de petróleo (2,2%), Couro, artigos para viagem e calçados (5,7%) e Bebidas (2,0%).
Comparativo regional
O crescimento da produção industrial nacional, com taxa de 1,0%, na comparação entre dezembro de 2023 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhado por 11 dos 17 estados pesquisados, destacando-se as principais taxas positivas assinaladas por Espírito Santo (31,4%), Rio Grande do Norte (25,7%) e Goiás (22,0%). Por outro lado, Maranhão (-11,4%), Rio Grande do Sul (-8,3%) e Mato Grosso do Sul (-6,0%) registraram as principais variações negativas nesse mês.
Em 2023, 10 dos 17 locais pesquisados registraram taxa positiva, com destaque para os avanços mais acentuados em Rio Grande do Norte (13,4%), Espírito Santo (11,1%) e Goiás (6,1%). Por sua vez, Ceará (-4,9%), Maranhão (-4,8%) e Rio Grande do Sul (-4,7%) registraram as menores taxas no período.
Análise trimestral
No quarto trimestre de 2023, comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial baiana assinalou crescimento de 7,0%, após quatro trimestres com resultados negativos consecutivos nesta comparação. Destacaram-se os avanços dos setores de Derivados de petróleo, que passou de -9,3% para 24,2%; Borracha e plástico, de -5,7% para 4,9%; e Bebidas, de 0,2% para 4,3%. Por sua vez, houve manutenção de queda em Produtos de minerais não metálicos, que passou de -10,3% para -8,4%; Metalurgia, de -13,7% para -7,6%; e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, de -24,9% para -16,8%.