Num estudo que envolveu aproximadamente 80 mil pessoas, fumadores de cigarros eletrônicos (‘e-cigarretes’) tiveram o seu primeiro AVC com uma idade média de 48 anos – comparativamente, a 11 anos antes aqueles que fumam cigarros tradicionais.

Apesar da incidência de um derrame ou acidente vascular cerebral (AVC) ser mais frequente entre fumadores de cigarros considerados tradicionais, quem consome cigarros eletrônicos registra uma probabilidade 15% superior de experienciar a condição mais cedo comparativamente aos primeiros, conforme explica um artigo publicado na revista Galileu.

Tal, trata-se de uma das conclusões preliminares de uma pesquisa que será apresentada em breve no evento virtual da Associação Americana do Coração (AHA), entre 13 e 15 de novembro deste ano.

“O público tem de saber que a segurança dos cigarros eletrônicos não foi comprovada como segura e não deve ser considerada uma alternativa ao tabagismo tradicional”, compartilha Urvish K. Patel, diretor do departamento de saúde pública e neurologia da Escola de Medicina Icahn em Mount Sinai, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo, num comunicado emitido à imprensa.

Os investigadores detectaram que, entre usuários dos chamados ‘vapes’, as ocorrências de AVC sucediam, em média, aos 48 anos. Entretanto, entre os consumidores de tabaco tradicional, em que o problema tende a dar-se por volta dos 59.

No entanto, quem usa as duas opções apresenta um risco mais elevado de sofrer um AVC aos 50 anos     A conclusão, confirma a Galileu, advém da análise de dados de 79.825 adultos com histórico de derrame adeptos de cigarros tradicionais, eletrônicos ou ambos. Sendo que entre os voluntários 7.756 (9,72%) consumiam cigarros eletrônicos; 48.625 (60,91%) usavam cigarros comuns, e para 23.4444 (39,37%) utilizavam as duas formas de tabaco.

De acordo com os acadêmicos, o AVC é definitivamente mais preponderante entre os fumadores de cigarros tradicionais do que entre os utilizadores da versão eletrônica ou pessoas que utilizavam ambos: 6,75% em comparação a 1,09% e 3,72%, respetivamente. Todavia, e ainda assim, quem opta pelos eletrónicos têm um risco 15% superior de sofrer um acidente vascular cerebral cerca de 10 anos antes.

Ao invés de inalar a fumaça proveniente da queima do tabaco, que por sua vez expele milhares de substâncias tóxicas dentro do organismo, os utilizadores dos ‘e-cigarretes’ inalam o vapor contido no líquido desses dispositivos, que funcionam através de uma bateria de lítio, alerta a Organização Mundial de Saúde (OMS).

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