Câmeras de segurança filmaram Osvaldo Pereira de Sousa, de 66 anos, e Pâmela Carneiro de Araújo, de 19, em uma moto antes da jovem ser encontrada morta às margens de uma represa. O delegado Carlos Alfama explicou que Osvaldo, preso suspeito do crime, usou uma flor para atrair Pâmela, que tinha uma deficiência mental, a subir na garupa.

“Então ele mantém uma conversa com ela durante alguns minutos, percebendo essa deficiência mental dela. Ele oferece uma flor para ela, usando essa flor para atrai-la, atrair a confiança. Depois, coloca a Pamela na garupa da moto e a leva para o local em que ela foi encontrada morta”, explicou Alfama.

À Polícia Civil de Goiás (PC-GO), Osvaldo confessou que levou Pâmela ao local onde o corpo foi encontrado, mas negou que tenha a matado, segundo o delegado.

Carlos Alfama explicou que, segundo Osvaldo, ele teria ficado com Pâmela perto da represa por 15 minutos e depois a deixado sozinha. O delegado disse que questionou o suspeito sobre o motivo de um homem de 66 anos pegar uma jovem de 19 com deficiência mental e levá-la para um local afastado.

“Ele falou que se preocupava com ela. É uma narrativa que não faz sentido. Temos a certeza de que ele a levou para lá para tentar estuprá-la. Ela deve ter resistido, então ele a agrediu, asfixiando, e causando a morte da Pamela”, completou Alfama.

As marcas da violência foram constatadas pelo laudo da Polícia Científica. Segundo o delegado, a causa da morte foi afogamento, mas Pâmela tinham lesões na boca e no corpo, feitas antes e depois da morte.

“Nós acreditamos que ele tentou silenciá-la, apertando a sua boca, a lesionando nesse momento, e depois a jogou dentro da represa em que ela foi encontrada morta”, pontuou o delegado.

Segundo a PC-GO, foi coletado material genético (DNA) do investigado, para comparação com material biológico encontrado sob a unha da vítima. A polícia apreendeu também as roupas e o capacete que o suspeito usava no dia do crime, o celular dele e a moto.

O crime

Na época do crime, Letícia Adriany, irmã da vítima, contou que Pâmela não saía sozinha de casa devido a uma deficiência mental. A família, que mora no setor Belo Horizonte, denunciou o desaparecimento da jovem no dia 13 de março e o corpo de Pâmela foi encontrado no dia 14, em uma zona rural, no setor Residencial Campos Elísios.

Desaparecimento

Após o desaparecimento, Lucas levy, irmão de Pâmela, contou sobre a jovem não sair de casa sozinha. “Ela tem a mente de criança e não podia sair de casa sozinha. Ela ia na porta e a gente ia atrás dela”, conta. No dia em que ela desapareceu, ele estava com ela em casa e, por causa de uma cirurgia, não viu quando ela saiu.

Ao dar falta da irmã em casa, Lucas começou a procurá-la e chamou a mãe e outra irmã para ajudá-lo. “No mesmo dia a gente procurou ela em todo lugar aqui no setor e já chamou a polícia”, lembra. Segundo a irmã, Letícia Adriany, ela foi vista pela última vez na esquina de casa na noite do dia 13.

Adriany explicou que, no dia 14, recebeu uma ligação do Instituto Médico Legal (IML) pedindo para que ela fosse até o órgão. “[A Pâmela] foi encontrada sem vida, boiando em uma represa e só de short e sutiã. O blusão, a blusa e o celular dela estavam jogados perto de onde foi encontrada”, detalha a irmã.

Compartilhe: