Em meio às preocupações mundiais com a nova cepa batizada de ômicron, o presidente Jair Bolsonaro reiterou sua posição contra o fechamento das atividades econômicas como medida para evitar a propagação do vírus. Em evento da Brigada de Infantaria Pára-quedista realizado na sexta-feira, 26, Bolsonaro afirmou que “o Brasil e o mundo não aguentam um novo lockdown”.
“Vai condenar todo mundo à miséria e a miséria leva à morte também. Não adianta se apavorar. Encarar a realidade. O lockdown não foi uma medida apropriada. Em consequência da política do ‘fique em casa e a economia a gente vê depois’, a gente está vendo agora. Problemas estamos tendo”, disse ele. A Alemanha e a Áustria estão enfrentando novos surtos de Covid-19, devido a movimentos anti-vacinação. A Áustria está em lockdown e a Alemanha cogita fazer novos fechamentos das atividades.
Quanto à variante ômicron, ela está sendo estudada pelas autoridades de saúde mundiais, mas já foi detectada na África do Sul, em Hong Kong e na Europa. Na sexta-feira, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, declarou que a partir de segunda-feira o Brasil restringirá a entrada no país de passageiros advindos de seis países da África do Sul, como Botsuana, Lesoto, Namíbia, Zimbábue e Eswatini. A medida ainda não foi publicada no Diário Oficial.
Carnaval
No ano que vem, o Carnaval está previsto para entre os dias 25 de fevereiro e 1º de março, mas as cidades estão dividas sobre a realização de eventos diante dos riscos da pandemia. Bolsonaro afirmou que vai tomar medidas racionais e não vai ao Carnaval, mas “a decisão cabe a governadores e prefeitos”.
Na sexta-feira, 26, a prefeitura de São José dos Campos informou o cancelamento do evento diante das recomendações do Comitê da Covid-19. Já neste sábado, 27, a prefeitura de São Paulo divulgou o calendários dos blocos de rua incluindo o pré e o pós-Carnaval, mas condiciou a sua realização ao posicionamento da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).