A preocupação internacional com o #vírus da #mpox escalou nos últimos dias.
A #doença circulou globalmente em 2022 e foi controlada, mas uma subvariante do vírus se desenvolveu na região central do continente africano e parece ser mais letal e mais contagiosa do que a anterior.
Na quarta-feira (14/8), a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou novamente que a mpox é uma emergência sanitária internacional e que países de todo o mundo devem organizar esforços para atuar nos locais afetados antes que os casos ganhem maior proporção. Na última quinta-feira (15/8), as autoridades de saúde da Suécia confirmaram o registro do primeiro caso da nova cepa do vírus, a 1b, fora da África.
Em meio a várias incertezas sobre as diferenças entre o surto atual e o anterior, os dados que vem dos países afetados parecem indicar que a mpox pode ter uma nova população de risco: as crianças.
A República Democrática do Congo (RDC) é o país onde o Clado 1b surgiu e concentra a maior parte dos casos. Neste ano, já foram notificados 15,6 mil casos de mpox e 537 mortes no país. Segundo o Centro de Controle de Doenças (CDC) da África, quase 70% dos casos na RDC são de crianças menores de 15 anos e é entre elas que se concentram 85% das mortes, sendo que 62% deste total são menores de 5 anos.
Para o cientista Dimie Ogoina, nigeriano que diagnosticou o primeiro caso de mpox no surto de 2022 e que chefia a atual operação da #OMS contra a doença, se nota que o público atingido pela nova variante é muito mais amplo que o da anterior. Há dois anos, os casos pareciam mais restritos a homens que fazem s3xo com homens, mas agora são mulheres e #crianças as mais afetadas em transmissões intradomiciliares.