Continua crescendo o acervo da Biblioteca do Jornalista Baiano, com a incorporação das obras de Ruy Espinheira Filho, Elieser Cesar, Joana D’Arck e Alexandre Augusto. Os escritores fizeram questão de ir pessoalmente ao Sindicato dos Jornalistas da Bahia fazer a entrega de mais 19 livros. A Biblioteca do Jornalista Baiano será aberta em 16 abril, a partir de 18h, durante a solenidade de reinauguração da sede do SINJORBA, à Rua Chile, no Edifício Bráulio Xavier, por ocasião de celebração dos 73 anos de fundação da entidade. A Biblioteca será dedicada às publicações das jornalistas e dos jornalistas baianos, além de abrigar fotografias e ilustrações de fotógrafos, cartunistas e ilustradores.

RUY ESPINHEIRA FILHO

O jornalista, poeta e escritor Ruy Alberto d’Assis Espinheira Filho, nascido no dia 12 de dezembro de 1942, em Salvador – e infância em Poções e Jequié – pouco sai de seu recanto bucólico em Busca Vida – tal um bardo parnasiano, que bebe a água inspiradora da sua fonte Castália da baianidade nagô. Porém, fez questão de fazer o trajeto de quase uma hora entre a casa dele e a Rua Chile para apor na estante parte de sua vastíssima obra literária, que inclui poesia, ensaios e ficção e que, nos anos 1960, integrou o grupo poético-boêmio de Affonso Manta e Carlos Anísio Melhor.

Graduado em Jornalismo, pela UFBA, em 1973, sua atuação nas redações se deu como cronista, copidesque e editor da Tribuna da Bahia, entre 1969 e 1981; correspondente na Bahia do Pasquim, entre 1976 e 1981; cronista diário do Jornal da Bahia (1983-1993); e, atualmente, assinando artigos quinzenais em A Tarde. Ex-professor das faculdades de Comunicação e de Letras, da UFBA, é membro da Academia de Letras de Jequié e da Academia de Letras da Bahia.

Para a Biblioteca do Jornalista Baiano, das suas dezenas de obras, Ruy Espinheira ofertou 11 exemplares de seus livros: “Estação Infinita e Outras Estações”, 2012; “O Sonho dos Anjos”, 2014; “O Príncipe das Nuvens”, 2016; “Babilônia & Outros Poemas”, 2017; “Nova Antologia Poética”, 2018; “O Rei Artur Vai à Guerra”, 2019; “Uma História do Paraíso & Outros Poemas”, 2019; “Para Onde Vamos é Sempre Ontem”, 2020; “Sonetos Reunidos e Inéditos”, 2020; “Um Rio Corre na Lua”, 2022; “A Invenção da Poesia & Outros Poemas”, 2023. Completa o lote, o ensaio de Luciano Lanzillotti “Presença de Ausência: Tempo e Memória na Poesia de Ruy Espinheira Filho, 2023”.

JOANA D’ARCK

A Jornalista Joana D’Arck, graduada em 1986, pela antiga Escola de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal da Bahia – hoje, Faculdade de Comunicação, também possui, desde 2007, pós-graduação em Marketing Político pela Universidade Católica do Salvador. Começou a atuar nas redações em 1986, no Correio da Bahia, transferindo-se um anos depois para a Tribuna da Bahia, por onde ficou por 10 anos, constituindo um grupo unido com as suas colegas jornalistas Mônica Bichara, Isabel Santos e Jaciara Santos – que o jornalista e escritor Emiliano José homenageou no seu quarto livro de memórias: “As Comadres”, de 2023.

Teve uma breve passagem por A Tarde, milita, desde então, em assessoria político-parlamentar e, há 15 anos, a partir de março de 2009, municia o blog Pilha Pura, que fala um pouco de tudo, “do que der na telha, de fatos e pessoas reais ou não, no sério ou na brincadeira e ironia”, mas totalmente anti-fake news.

Para a Biblioteca do SINJORBA, Joaninha ofereceu os seus dois livros até agora publicados: “Entrelinhas e Afetos”, 2021, com o prefácio de Emiliano José e apresentação do Jornalista Carlos Navarro; e “Vida que Segue”, 2023.

ELIESER CESAR

Sertanejo de Euclides da Cunha, onde nasceu em 1o de agosto de 1960, Elieser Cesar é Jornalista da turma de 1980 da Faculdade de Comunicação – antiga EBC – e Mestre em Letras pela Universidade Federal da Bahia. Poeta, ensaísta e contista, no mister de jornalista perambulou pelas redações do Jornal da Bahia, Tribuna da Bahia, Correio da Bahia e na sucursal de O Globo em Salvador. Foi colaborador das revistas Nova Escola e Metrópole. Integra as antologias “A Poesia Baiana no Século XX”, organizada por Assis Brasil; e “Antologia Panorâmica do Conto Baiano – Século XX“, coletada por Gerana Damulakis.

Para compor o acervo da Biblioteca do Jornalista Baiano, Elieser Cesar entregou pessoalmente exemplares de “Os Cadernos de Fernando Infante”, 1997; “O Romance dos Excluídos – Terra e Política em Euclides Neto”, 2003; “Gabriel Saraiva – Biografia”, 2010; “Vasconcelos Maia – Biografia”, 2016; e o “O DERBA e os 100 Anos do Rodoviarismo Baiano”, 2017.

Ainda faltam para completar a estante: “O Azar do Goleiro” 1996; “O Escolhido das Sombras & Outras Histórias” 1995; “Remando na Maré da Vida: a Trajetória de Armênio Barbosa”, 2004; “A Garota do Outdoor”, 2006; “Contreiras, Camarada Engenheiro”, 2009; “As Baianas”, 2012; “A Guerreira da Lapinha”, 2012; e “Ciranda de Maria Cecília”, 2018.

ALEXANDRE AUGUSTO

Formado em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, Alexandre Augusto Teixeira teve uma passagem marcante na fundação, em 1993, do Bahia Hoje – o primeiro jornal totalmente informatizado da Bahia e com um projeto gráfico ultramoderno – a convite do jornalista Tasso Franco. Depois, enveredou pela publicidade, chegando a vice-presidente da Propeg, agência de Fernando Barros, um dos pioneiros do marketing político na Bahia.

Contudo, Alexandre Augusto ficou marcado mesmo pela precocidade literária: aos 23 anos apresentou o seu ousado cartão de visitas ao mundo das letras, escrevendo a biografia de Moreira da Silva, o Kid Morengueira, quando ela ainda era vivo, aos 94 anos, em 1996. Recém-saído da Facom, ganhou uma bolsa de estudos do CNPq para passar três anos no Rio de Janeiro aprofundando os seus estudos sobre o sambista, de quem era fã desde os 10 anos, quando ficou fascinado ao ouvir “O Rei do Gatilho” – “Ele atirou, eu atirei / e nós trocamos tantos tiros / que até hoje ninguém sabe quem morreu / eu garanto que foi ele, ele garante que fui eu. / Só sei dizer que a mulher dele hoje é viúva / que eu nunca fui de dar refresco ao inimigo.”

Jornalista, escritor e publicitário, em 2017 ele se utilizou das aulas de fotografia, na Facom, do professor Oldemar Vitor para clicar, por dois anos, as mulheres quebrando pedras na Chapada Diamantina, interior da Bahia. Daí, nasceu a exposição “Mulheres de Pedra”, que virou livro no ano seguinte – “Stone Women”, pela Editora Noir, do jornalista Gonçalo Júnior.

Já estão na estante da Biblioteca do Jornalista Baiano: “Moreira da Silva – O Último dos Malandros”, 2013 (1996, 1ª edição), prefaciado pelo jornalista e escritor Sérgio Cabral; e “Stone Women (Mulheres de Pedra)”, 2018.

MAIS JORNALISTAS

A Biblioteca do Jornalista Baiano quer contar também com as obras dos jornalistas-escritores Albenísio Fonseca, Alberto Freitas, Albino Rubim, Alessandra Nascimento, Alexandre Lyrio, André Holanda, Antônio Dias, Antônio Matos, Antônio Torres, Ari Donato, Aurora Vasconcelos, Biaggio Talento, Carla Trabazo, Carlos Barbosa, Carlos Ribeiro, Cássia Candra, César Rasec, Césio Oliveira, Chico Araújo, Chico Muniz, Chico Ribeiro Neto, Cláudia Quadros, Eduardo Bastos, Elias Machado, Emiliano José, Fernando Conceição, Franciel Cruz, Gabriela de Paula, Giovanni Giocondo, Gonçalo Junior, Heliana Frazão, Ivana Braga, Itamar Ribeiro, Jan Aline Silva, Jean Willis, Jeremias Macário, Jessica Smetak, João Leite, João Santana Filho, Jolivaldo Freitas, José Carlos Teixeira, Josélia Aguiar, Juarez Bahia, Lília Gramacho, Lílian de Souza, Lúcia Correia Lima, Luís Gama, Luís Pimentel, Luiza Torres, Marcelo Torres, Marcelinho Simões, Márcia Luz, Marcos Navarro, Marcos Palácios, Marcus Gusmão, Mariana Paiva, Mariluce Moura, Mery Bahia, Mônica Lima, Muniz Sodré, Nelson Cerqueira, Nestor Mendes, Nildão, Nilson Galvão, Oldack Miranda, Oleone Coelho Fontes, Orocil Pedreira, Oscar Paris, Othon Jambeiro, Otto Freitas, Paolo Marconi, Patrícia Sá Moura, Paulo Leandro, Roberto Macedo, Rogério Menezes, Samuel Celestino, Sebastião Nery, Sérgio Matos, Sérgio Guerra, Sônia Serra, Stela Alves, Susana Varjão, Symona Gropper, Valber Carvalho, Valter Xéu, Vanda Amorim, Vander Prata, Waldomiro Junior, Washington de Souza Filho, Wilson Midlej, Zé Américo Castro, Zé de Jesus Barreto, Zezão Castro, entre outros.

Entre os fotógrafos e cartunistas, já estão convidados os colegas Agliberto Lima, Anizio Carvalho, Antônio Queirós, Borega, Carlos Casaes, Cau Gomez, Elói Correia, Gentil, Setúbal, Helder Reis, Marco Aurélio, Margarida Neide, Rino Marconi e Xando Pereira.

Também serão contatados os familiares de filiados ilustres do Sinjorba que já faleceram, a exemplo de Adroaldo Ribeiro Costa, Alberto Miranda, Ana Tereza Baptista, Anísio Félix, Antônio Jorge Moura, Ariovaldo Matos, Chico Bina, Glauber Rocha, Hélio Pólvora, James Amado, João Ubaldo Ribeiro, Jorge Amado, Jorge Calmon, Luís Henrique Dias Tavares, Maria José Quadros, Paulo Gil Soares e Paulo Tavares, entre outros.

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