Preso com moto roubada, suspeito é reconhecido pela polícia e confessa ter matado comerciante em Salvador
Um homem preso com uma arma e com uma moto roubada durante uma operação das polícias Militar e Civil no bairro de Periperi, em Salvador, foi reconhecido na delegacia como um dos criminosos que matou o comerciante João Batista da Silva no dia 25 de novembro, no bairro de Jardim Cruzeiro. O parceiro dele ainda está foragido.
De acordo com o delegado Nilton Borba, o criminoso, que se identificou como João Batista Neto, foi detido em uma abordagem feita pela 18ª Companhia Independente da Polícia Militar com a arma e o veículo roubado na quinta-feira (14). Ele estava sem documentos no momento da prisão.
Levado para a delegacia, os agentes acharam ele parecido com o homem que apareceu atirando no comerciante, em imagens gravadas pela câmera de segurança da padaria da qual a vítima era dona e ficava próxima à casa dele.
Depois de ser reconhecido, ele acabou confessando a participação no crime e contou que atirou no comerciante depois que ele reagiu à ação criminosa e entrou em luta corporal com o parceiro. A vítima chegou a usar o parceiro como escudo para tentar evitar ser atingido pelos disparos.
“Eles (assaltantes) achavam que o comerciante tinha dinheiro em casa. O comerciante resistiu e ele efetuou quatro disparos no comerciante e o parceiro dele um”, diz o delegado.
Segundo o delegado, ele foi preso em flagrante pelo porte de arma e pela receptação da moto roubada e deve responder por latrocínio. O suspeito será submetido a uma audiência de custódia nesta sexta-feira (15), que deve determinar se ele continuará detido.
Crime
O comerciante foi morto a tiros na madrugada do dia 25 de novembro, quando estava se preparando para viajar com o irmão para a missa de três anos de morte do pai dele. Na fuga, um dos assaltantes sai do carro e volta para pegar um objeto que tinha caído no chão durante a luta. A vítima chegou a ser levada para o Hospital Agenor Paiva, mas não resistiu aos ferimentos.
O irmão, João Bosco Batista, de 66 anos, conseguiu fugir e contou que os bandidos queriam entrar na casa da vítima. Primeiro pediram a chave do carro, depois pediram a chave da casa dele para abrir a porta. “Ele (vítima) estava sem chave. Aí ele (assaltante) achou que demorou muito e já foi atirando”, relatou.
O comerciante morto tinha a padaria há mais de 40 anos. Em solidariedade, alguns comerciantes não abriram as lojas na região no dia do crime. Homenagens também foram deixadas em frente à padaria da qual ele era dono. A vítima deixou três filhos.