07 de Dezembro de 2017 às 17:26 Por: Arquivo BNews Por: Luiz Fernando Lima00comentários

O senador Otto Alencar (PSD), em contato com o BNews, ironizou a nova classificação das finanças da Bahia como “C” em uma escala que vai de “A” a “D”. “O que estão fazendo contra a Bahia não tem limites”.

Para o senador pessedista, as novas regras servem a finalidades políticas sem lastro com a realidade econômica. “Como pode São Paulo ser ‘B’ com a observação de que é devedor e a Bahia ser ‘C’. Quem vê isso não sabe que São Paulo deve R$ 220 bilhões à União enquanto a Bahia deve R$ 5 bilhões”.

Na avaliação de Otto a nova regra não tem respaldo algum que não seja de natureza política. “Foi feito isso para arrumar desculpas seja para beneficiar São Paulo e como consequência prejudicar a Bahia. Até isso estão manipulando. A periculosidade dos adversários de Rui Costa está fora dos limites. A fome de poder está fora de controle”.

Presidente do PSD na Bahia, Otto passou de herói a vilão entre os aliados do prefeito de Salvador ACM Neto (DEM). Antes, quando existia a possibilidade de migrar para o agrupamento político, os adjetivos favoráveis não eram economizados, agora, que definiu lado, não mais é visto como a debutante a ser cortejada, segundo um deputado correligionário do senador.

Empréstimo — As caixas de emails das redações jornalísticas baianas ficaram cheias de releases de deputados federais alinhados ao governo estadual e de parlamentares que fazem oposição à gestão petista.

Os adversários afirmam que o empréstimo de R$ 600 milhões que seria captado ao Banco do Brasil e não foi liberado, foi travado justamente porque as finanças do estado estão comprometidas.

Para Otto, um dos aliados do projeto petista na Bahia, “é um absurdo tentar vincular as duas coisas. Primeiro, porque Priscila Santana, da secretaria do Tesouro Nacional avalizou. Depois o ministro Henrique Meirelles afirmou em reunião da comissão de Assuntos Econômicos que a Bahia estava apta a receber o empréstimo. Tinha, segundo ele próprio, capacidade de endividamento. O presidente do Banco assinou. O superintende do Banco na Bahia assinou. O governador assinou. Foi publicado no Diário Oficial. Agora, usar o argumento de que a classificação é que determinou o travamento é contar uma história para ver se alguém acredita. Mais que isso é mal caratismo de quem inventa”, sentenciou o senador baiano.

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