No discurso que deu durante o evento de sua filiação ao PSB nesta quarta, Geraldo Alckmin disse que Lula é a expressão da democracia brasileira. Ele reconheceu que as pessoas poderiam estranhar suas palavras e sua possível aliança com o petista na corrida eleitoral deste ano, mas o ex-tucano disse que o “momento excepcional” demanda a união de forças. O ex-governador de São Paulo se juntou ao PSB e ficou mais perto de ser o vice de Lula.

Alckmin disse que é preciso ter humildade para enxergar que Lula é “aquele que melhor interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro”. “Quero cumprimentar o PSB, presidente Carlos Siqueira, pela decisão de apoiar a candidatura do presidente Lula. Temos que ter olhos abertos para enxergar e a humildade para entender que ele é hoje aquele que melhor reflete e interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro. Aliás, ele representa a própria democracia porque ele é fruto da democracia. Por ter conhecido as vicissitudes é que na realidade interpreta esse sentimento da alma nacional”, disse.

O vice em potencial disse que “se Deus quiser” Lula será eleito e o país retomará o caminho do desenvolvimento e da distribuição de renda. “As tarefas políticas não são fáceis. Em política não se obriga, política se conquista com argumentos, com respeito, ouvindo aqueles que discordam de nós, mas com convicção para trabalharmos em benefício da população. Não tenho dúvida de que o presidente Lula se Deus quiser vai ser eleito e vai reinserir o Brasil no cenário mundial, vai alargar o horizonte do desenvolvimento econômico e vai dirimir essa triste diferença social. O Brasil não pode ser bom só pra alguns. O Brasil precisa ser bons para todos”, afirmou.

Alckmin disse que a “esperança” o levou ao PSB e à improvável aliança com Lula. Ainda que não tenha mencionado nominalmente Jair Bolsonaro, o ex-tucano disse que os que “duvidam do resultados das urnas, agridem a democracia”. Ele disse o mesmo para os que “ameaçam o parlamento” e os que “agridem o supremo”. O recém filiado ao PSB disse que da vez em que disputou as eleições contra Lula em 2006, o “debate era de outro nível”. “Alguns podem estranhar, eu disputei com o presidente Lula em 2006 e fomos para o segundo turno, mas nunca colocamos em risco a questão democrática. Nunca se questionou a democracia”, disse.

Por fim, ele disse que estamos em “momento excepcional da vida brasileira” e parafraseou Winston Churchill quando disse que “quando entramos numa rixa entre o presente e o passado, esquecemos do futuro”. “Política é esperança e é isso que nos une aqui. Por isso eu me sinto muito feliz por estar no PSB”.

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