A Polícia Civil deflagrou, nesta sexta-feira (28), uma operação contra a Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras), a cooperativa de médicos de Roraima. O alvo, seria um grupo da cooperativa que presta plantões e serviços de saúde nas unidades do estado. Policiais cumpriram cinco mandados de prisão e mandados de sequestro de bens de 40 veículos e 30 imóveis em Roraima e na Bahia, onde o investigados no esquema lavavam dinheiro comprando imóveis no condomínio de luxo Alphaville, em Salvador, além de fazendas no município de Itaquara, no Vale do Jiquiriçá. Equipes da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap) da Bahia deram apoio à PC de Roraima, no cumprimento de  mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens. “Estamos dando o suporte necessário aos colegas de Roraima, para os cumprimentos das ordens judiciais”, enfatizou a coordenadora da Dececap, delegada Fenanda Asfóra. Policiais da 9ª Coorpin de Jequié, deram apoio às diligências.

Em julho do ano passado, a Coopebras já havia sido alvo da Operação Hipócrates. À época, a Policia Civil informou que médicos que recebiam do governo de Roraima sem cumprir os plantões.As investigações iniciaram em abril, após um ex-secretário denunciar corrupção no sistema de saúde. À época, os contratos da Sesau com a Coopebras chegaram a R$ 10 milhões mensais. A segunda fase da operação, denominada Tracto, foi deflagrada em outubro de 2019. No dia, foram presos em flagrante o vice-presidente da Coopebras e um médico. Eles estavam com armas e munições. Os alvos na segunda fase foram agentes públicos que atuavam na saúde pública de Roraima. A operação Tracto foi batizada com esse nome em virtude da palavra em latim que significa “manipuladores”.

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